Existe uma diferença muito grande quando alguém chega e diz: eu sou triste, para aquele que sabe estar passando por um momento de tristeza.

O nosso mundo anda cinza, bem sabemos. As pessoas cada dia mais adormecidas com alvos cada vez mais supérfluos e materiais. A correria em busca de sucesso financeiro, realizações pessoais, tem criado pequenos monstros onde existiam seres felizes, que se amavam, assim, no jeito simples de se viver.

Quando passeio pelas regiões rurais da cidade onde moro, percebo que a tristeza é algo que se isolou na cidade onde mentes vazias transitam a todo tempo.

Na roça, não há tristeza. Há trabalho duro, há acordar cedo, dormir cedo, comer comida boa, natural, produzida pelas próprias mãos sem química que adoece o corpo.

Não há muito além do que querer, do que ambicionar. São felizes da forma que são, vivendo na simplicidade, com a alma livre dos sentimentos do mundo.

Tristeza constante, muitas vezes também chamada de depressão, atua nas pessoas que não acreditam que podem ser felizes ou que terão dias melhores no futuro. É o grande mal da humanidade que tem tirado entes queridos de famílias, pais de seus filhos…

Uma amiga que sempre vem me visitar disse-me que ela havia feito visitas a pessoas tristes e que, uma mãe e filha foram as que mais a impressionaram, por estarem emagrecidas, vivendo com cortinas fechadas, sem força ou ânimo para lavar uma louça e vivem trancafiadas dentro do próprio quarto. Uma delas, a filha, havia perdido um emprego de vinte anos e, devido a isso, sentiu-se tão triste que abraçou essa tristeza, não permitindo que ela fosse embora até que essa foi consumindo-a dia após dia.

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Olha, amados, todos já sentimos muita tristeza no coração e, muitas vezes, pensamos até que jamais nos recuperaríamos daquela perda, daquela decepção, da culpa, de algo que fizemos ou que fizeram contra nós…

Sim, essa tristeza veio e veio por muitas vezes e já durou várias noites seguidas, eu sei!

Mas é preciso que você entenda que sentir tristeza é algo muito normal, deixar que ela viva com você, aí já é muito sério.

Eu não sou a tristeza, hoje estou passando por um momento de tristeza, é diferente.

A tristeza nos consome por dentro, tira-nos o brilho e a vida, pouco a pouco, até que nada mais reste, além de um fio apenas de ar em um corpo sem vida.

Não seja triste, mesmo que se sinta triste agora! Saiba que você é mais forte que esse sentimento e que logo ele passará, como tudo nesta vida passa. Você só não pode permitir, de forma alguma, que o que era apenas um momento (coisa mais que comum) passe a ser o seu normal.

Você NÃO É triste, você não nasceu triste e assim como outras pessoas que levam a vida sorrindo, você aprenderá ser assim também. Então, deixe que essa tristeza vá embora…

Foi Gustave Flaubert, um escritor francês, que disse “cuidado com a tristeza. Ela é um vício.”




Escritora, blogueira, amante da natureza, animais, boa música, pessoas e boas conversas. Foi morar no interior para vasculhar o seu próprio interior. Gosta de artes, da beleza que há em tudo e de palavras, assim como da forma que são usadas. Escreve por vocação, por amor e por prazer. Publicou de forma independente dois livros: “Do quê é feito o amor?” contos e crônicas e o mais espiritualizado “O Eterno que Há” descrevendo o quão próximos estão a dor do amor. Atualmente possui um sebo e livraria na cidade onde escolheu viver por não aguentar ficar longe dos livros, assim como é colunista de assuntos comportamentais em prestigiados sites por não controlar sua paixão por escrever e por querer, de alguma forma, estar mais perto das pessoas e de seus dilemas pessoais. Em 2017 lançará seu terceiro livro “Apaixonada aos 40” que promete sacudir a vida das mulheres.

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