No jogo da vida eu sempre preferi a posição de atacante. Eu conduzo a bola para onde eu quero que ela vá. Eu vou em cima do adversário. Eu faço falta, eu levo falta. Eu caio. Eu me machuco.

Vez ou outra eu volto pra casa com um joelho ralado ou um dedo torcido, mas entre chuteiras e cicatrizes eu tenho a certeza de que não assisti a minha vida da arquibancada.

Em cada momento, em cada acontecimento, em cada prazer e em cada infortúnio eu a vivi tudo o que tinha para ser vivido.

Todo acerto começa com uma tentativa, não é mesmo?
Infelizmente todo erro também.

A gente só tem uma resposta depois que se joga.
Então, entre o sim e o não, com 50% de chances para cada lado, eu tento.

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Eu me molho nessa chuva da cabeça aos pés. Eu me entrego. Eu dou tudo de mim.
Se eu vou me orgulhar ou me arrepender, só o tempo dirá.

Eu posso me machucar, eu posso machucar outros, posso me arrepender e até me odiar por alguns segundos, mas eu sempre saberei que qualquer erro que eu tenha cometido foi na tentativa de acertar.

E por mim tudo bem.
Eu não tenho medo da dor.
Por que eu teria se antes de toda dor a felicidade se fez presente?
A dor é passageira, as boas memórias são eternas.

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Eu não deixo de sair de casa por medo dos monstros da rua.
Eles é que deveriam ter medo de mim.
Que força um monstro pode ter diante de uma pessoa que carrega na mochila toda a vontade do mundo?

Eu não estou na vida a passeio, você entende?
Eu tenho um objetivo. Eu sei onde eu quero chegar. E eu vou chegar.

Se você quiser entrar nesse trem comigo, tem espaço pra você.
Mas se não quiser, é melhor sair da frente.

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Você não vai querer ser atropelado por alguém que vive a vida a 250 km/h.
Não me atrasa, não me empaca, não me desvia.
O meu caminho é sempre para frente.

E não pense que eu tenho pressa.
Eu não tenho. Eu sei saborear cada delícia da vida no tempo certo.

O que eu tenho é uma vontade enorme, gigante, absurda, colossal de viver.
Eu não espero amanhã, semana que vem ou mês que vem.

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Só tenho o hoje. O amanhã não me pertence.
Eu faço acontecer. E eu faço agora.

Então enquanto você não se decide se vai ou se fica, enquanto você não descobre se quer ou não, enquanto você não aprende que não existem certezas na vida, eu vou indo na frente, ok?

Eu vou indo na frente porque ainda tenho muita pedra para chutar no caminho. Ainda tenho muita flor para cheirar. Ainda tenho muita gente para encontrar. E quem sabe, num desses encontros, numa dessas encruzilhadas, numa dessas estradas da vida, eu não conheço alguém que queira me acompanhar sem que precise de convencimento?

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E quem sabe essa pessoa não tenha tanta sede de vida quanto eu? E quem sabe eu não descubra, entre um sorriso e outro, que você não passou de gasolina para que o meu motor me levasse ainda mais a diante?

Quem sabe? Eu não. Mas estou indo descobrir.
Você vem comigo ou você fica?

(Autora: Marina Barbieri)
(Fonte: deuruim.net)
* Texto publicado com a autorização da administração do site




A busca da homeostase através da psicanálise e suas respostas através do amor ao próximo.

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