Tenho que confessar que essa teoria destruidora de infância foi uma das que mais mexeu comigo. Além de tratar de um desenho que eu era viciada quando criança, ainda envolve um assunto muito delicado: nazismo. Ou melhor dizendo, as trágicas façanhas dos nazistas.

Pra quem não lembra muito bem do desenho, Os Sete Monstrinhos era um desenho que passava na TV Cultura, de 2000 até meados de 2003. Não me recordo muito bem dos horários, mas lembro exatamente da vinheta, que consigo cantar acompanhando até hoje!

A animação era sobre sete monstros avá, enumerados de 1 a 7, moradores na rua dos Castanheiros, nº 1234567, nas proximidades de um vilarejo medieval, e que passavam todo o tempo sob os cuidados da mãe. Cada um dos sete irmãos tem diferentes feições monstruosas e divertidas personalidades.

E então a teoria começa. Ela baseia-se na ideia de que os monstrinhos eram, na verdade, personificações de como os nazistas arianos viam os judeus:

  • Narizes grandes;
  • Feições monstruosas;
  • Ligação com o campo.

Vale ainda ressaltar que frequentemente os monstros eram atacados pelos moradores próximos, devido as suas características. Sem contar nessa roupa do Número 7 que é idêntico ao uniforme utilizado pelos judeus em campos de concentração.

fasdapsicanalise.com.br - “Os Sete Monstrinhos” e o Holocausto

E falando em campo de concentração, os monstrinhos dormiam no porão, e ainda têm suas vestimentas enumeradas. Preciso falar mais alguma coisa?

Na verdade, preciso sim. O desenho é baseado no livro homônimo de Maurice Sendak, um judeu-polonês que teve grande parte de sua família morta durante o Holocausto.

Triste né?

(Autora: Monique Costa)

(Fonte: nerdgeekfeelings)

*Texto publicado com autorização do site parceiro.




A busca da homeostase através da psicanálise e suas respostas através do amor ao próximo.

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