A instabilidade emocional, a irritabilidade fácil, o medo da rejeição, a impulsividade e as explosões de raiva, fazem parte do dia a dia de um borderline.

Para quem convive com pessoas com esse tipo de personalidade parece ser bem complicado, pois são rotulados como pessoas instáveis, desajustadas e que provocam constantes brigas e conflitos. Entretanto, quando se ama uma pessoa, mais do que carimba-la como anormal, como uma pessoa problemática, é preciso compreendê-la. Ao compreender a dor do outro, interpretar o seu modo peculiar de ser e trata-lo como ser humano, com certeza você já estará fazendo um bem enorme.

É claro que quando você opta por namorar ou casar com alguém borderline, é necessário estar muito consciente do que você terá que enfrentar e do tanto de paciência e empatia que serão necessários. Já se você é mãe, pai ou parental bem próximo de alguém com essa personalidade, aproveite o que foi lhe colocado ao lado como aprendizado para a sua evolução.

Você pode perceber claramente os dois lados de um borderline. Dois lados? Sim, mas não são só eles que possuem um lado bom e um lado mau. Toda pessoa é assim. Mas não é tão simples pois o lado positivo, junto do lado negativo apesar de estarem presentes em todas as pessoas, no border eles são mais intensos e geralmente ele não consegue unir e conviver com esses dois lados.

O que o border precisa é aceitar cada um desses lados que coexistem nele, nos outros e canalizar as suas sombras com resignação. O erro está em confrontar, em lutar contra essa sombra. É preciso amá-la, apenas isso. Esse é um aprendizado doloroso, e você que ama uma pessoa com esses predicados pode auxiliá-la. Tolerância e paciência são as palavras chaves, lembre-se.

Para facilitar o relacionamento, o primeiro passo é encaminhar a pessoa para o tratamento adequado, tanto psiquiátrico, quanto psicológico. Você também precisará de um acompanhamento terapêutico, é essencial que busque forças para conseguir ajudar e conviver com o border. Também é preciso estudar e entender as características específicas da personalidade border para compreender como as pessoas border tendem a reagir e a se comportar diariamente.

É importante ter em mente que deverá tentar manter o ambiente dentro de casa calmo e tranquilo pois a pessoa border é prejudicada em sua capacidade de tolerar o estresse no relacionamento (ou seja: rejeição, críticas, discordâncias) e pode, portanto, se beneficiar de um ambiente calmo dentro de sua casa. A estrutura familiar harmoniosa e amável melhora o estilo de vida de qualquer pessoa.

Os borders lutam emocionalmente a cada dia, é bem difícil de explicar o que sentem, mas pode-se resumir como: afeto descontrolado, intolerância à solidão e pensamento em preto e branco (os tais dois lados).

Perceba, pessoa com personalidade borderline tem medo de solidão e de rupturas em seus relacionamentos, por causa disso, situações simples como a viagem de férias de um irmão, por exemplo, pode ser um grande problema para o border que possui medo de ser rejeitado e esquecido. Assim, a ausência do outro é vista como um abandono o que pode levar o doente à dissociação, um sentimento estranho de inquietação.

Por isso, é inteligente que você mantenha uma rotina domiciliar, sempre atentando para um contato rotineiro entre familiares e amigos próximos, isso reduz o sentimento de abandono e rejeição.

Fique atento às ameaças de suicídio e às automutilações, características do border. Nesses casos lhe dê atenção, converse e passe um bom tempo com ele, compreenda suas angústias e aflições.

Ao invés de procurar fórmulas mágicas para não sofrer ao lado de um border, que tal deixar o tempo fluir na vida como tem que ser? Nada cai do céu, muito menos a felicidade plena, seja você um border ou não. O que falta para todos é acreditarmos mais em nós, na nossa capacidade de amar. No dia em que isso acontecer, amar um border não será mais um desafio, será simplesmente amar.

*Texto escrito com exclusividade para o site Fãs da Psicanálise. É proibida a divulgação deste material em páginas comerciais, seja em forma de texto, vídeo ou imagem, mesmo com os devidos créditos.




Desde que começou os estudos em Psicanálise e Psicoterapia, a jornalista, bacharel em Direito, mestre em Ciências Naturais pela Unicamp e doutoranda em Psicologia pela UCES Natthalia Paccola levanta uma premissa sobre a sua vida profissional: nunca aceitaria rótulos ou doutrinas acadêmicas. Mas é claro que sofre influências de vários pensadores. Sua grande fonte de inspiração como autoridade em levar Luz para o Bem através de mídias sociais, no entanto,  tem sido os seus próprios seguidores, cerca de 10 milhões que passam semanalmente pela sua Fanpage, Grupos, YouTube, Site, Instragram ou Twitter.

72 COMENTÁRIOS

  1. Convivi com um borderline que não aceitava terapia nem medicação psiquiátrica. Aí é difícil, porque você fica refém da instabilidade emocional da pessoa e não há amor, empatia ou compreensão que resista. Se a própria pessoa não reconhece que tem um problema e precisa de ajuda, o relacionamento é inviável…

      • De fato acredito que é muito difícil conviver com alguém assim, eu imagino que meu marido tenha o mesmo transtorno, estou distante dele por este motivo, o amo muito, temos uma bebê juntos e sinto por não conseguir ajudar, pois ele não aceita ir ao médico, me dispus a ir junto para acompanhar, já que eu tenho um nível de ansiedade alta fica mais difícil conviver, acho muito triste, pois me sinto impotente

    • – com certeza,só quem convive com um sabe o que é isso,sou avó e cuido de meu neto com tanto Amós,mas tem dias que fica complicado e me sufoca.

      • Estou com uma pessoa a 2 anos, desde então comecei a ter contato com a filha dele, descobrimos q ela é boderlaine a alguns meses, ela está na adolescência ainda, é muito complicado lidar com Isso, tenho pedido muito a Deus pra nos dar sabedoria pra lidar com ela, me casei com o pai dela vai fazer 1 ano, ela mora com a mãe, mas bem pertinho da nossa casa, ela é bem grudada no pai e agora em mim também, as vezes percebo q ela não gosta de jeito nenhum de ficar só, estou aprendendo a conviver com tudo isso, mas não é fácil, o q me incomoda mais é o fato dela mentir muito, isso é normal no boderlaine?

    • Maria enfrento o mesmo problema. Tenho uma amiga há 40 anos. Toda vez que nos encontramos, é um suplício. Procuro dar amor e sempre recebo “patadas”, não há o que fazer. O pior, é que sou madrinha de uma das filhas. Agora ela está com muita raiva, pq eu não posso ir morar com ela. Não pode ser contrariada, é um horror. Os filhos estão fora do Brasil. Ela não tem amizades, e os irmão tb poco falam com ela. Cada vez que ela me telefona, ou entra em contato, fico transtornada. Ainda assim gosto muito dela. Quem será que pode ajudar?

    • Nossa Maria nem fala, namorei por oito meses uma pessoa que tem características Borderline, não foi diagnosticada mas falando com várias pessoas e pesquisando sobre é nítido pelos sintomas que ele sofre desse transtorno.
      Eu disse a ele que ele precisa de ajuda terapêutica, ele se recusa já marcou psicólogo e depois desmarca. Tentei ser amiga dele ele veio atrás pedindo minha amizade, por uns dias deu certo mas hoje ele surtou de novo só porque questionei uma atitude dele e eu não tenho estabilidade emocional pra conviver com as alterações dele, por oito meses ele surtou tanto que até eu tive que ser encaminhada pra psicólogo pela minha coordenadora de trabalh porque eu tava tendo crise de choro e pânico durante o expediente a cada vez que ele se alterava comigo, é tudo muito inesperado vc sempre tem medo do que vai falar com essas pessoas porque se pode esperar todo tipo de reação

      • Verdade sou casada com um boder há 2 anos. O bom é q ele tem consciência e se trata, não c regularidade mas trata, falta mto as secções de terapia e vai ao psiquiatra só qd não tem mais medicamentos; e eu tb precisei fazer terapia e tomar medicamentos p ansiedade pq conviver c tanta instabilidade, insatisfação, acessos de raiva e vingança pelas coisas mais torpes não é fácil. Mas o amor, compaixão e aceitação do outro estão sendo minha vitória

  2. É uma das experiências amorosas mais desafiantes, encantadoras ( e assustadoras) que alguém pode ter. Namorei durante mais de 5 anos e meio uma border, apesar de ainda não haver diagnóstico, pois ela só começou a se cuidar com terapia no fim do nosso relacionamento, mas tenho certeza por já ter lido bastante sobre o assunto e convivido intensamente com ela, avaliando as características as quais batem direitinho. É excitante namorar uma pessoa assim ou amam, ou odeiam 100% , seguem a lógica do tudo ou nada, pouco há no que diz respeito à ponderação. Porém, se a pessoa que conviver com alguém assim não tiver estrutura emocional e psicológica bem sólida, a casa cai, porque não é fácil em um relacionamento sério principalmente. De todo modo, namorar uma pessoa com borderline é uma experiência inesquecível e tem repercussões durante o restante de nossas vidas, além de lembranças extremamente boas e ruins. Namorar borderline é viver nas extremidades.

  3. É característica do borderline mentir sobre coisas importantes para que o namorado ou namorada não o abandone?
    Sinto que namoro uma pessoa que tem uma vida dupla, pois parece esconder certos assuntos de mim. Tem um lado sombrio que, por mais que tenha me contado (e sei que foi difícil contar), parece que ainda existe mais. Acho que de algum jeito continua se relacionando com a ex-namorada, não amorosamente, mas com certa intimidade (que não se confunde com uma bonita amizade que pode surgir com o término do namoro/casamento). Parece existir uma dependência, patológica talvez. Ele prometeu que não falaria mais com ela, mas continuou… Descobri, aí diz agora que parou de vez. Mas agora continuo duvidando. Me sinto perdida, tem me feito mal. Quanto disso é borderline, ou outro problema mental ou (desculpe a palavra) canalhice?

    • Sim, existe essa relação, já que a pessoa pode se utilizar de todas as estratégias disponíveis para evitar o abandono e o sofrimento decorrente. Além disso, essa necessidade do outro leva o indivíduo com personalidade borderline a uma maior dificuldade de se desvencilhar de relacionamentos, ainda que destrutivos ou abusivos.

    • Rogério, já passei por isso. Convivi 5 anos com a pessoa e pode acreditar… quando se perde a confiança o relacionamento não da certo. Se você não confia, termine e siga a vida por mais difícil q isso seja.. Pq este perfil de pessoa ( seja canalha ou doente) quando achar q vc não se enquadra mais nos padrões de larga sem olhar para trás e vc é quem sofre mais pelo que abriu mão por está pessoa por gostar. Encerre o ciclo e siga em frente.

  4. Como conversar com a parceira sobre isso? Acredito que ela tenha esse transtorno, porém não sei como dizer isso para ela… pesquisei muito sobre. Eu a amo muito, mas é muito difícil aguentar as crises repentinas.

    • O ideal é fazer com que ela conclua sozinha que precisa de tratamento, de ajuda de um especialista (psiquiatra). Essa indução não é fácil mas com ajuda de meios de comunicação como artigos online é possível ajudá-la a concluir que tem o transtorno limítrofe / borderline. Mas vc precisa de tato e paciência. Nunca confrontar. Boa sorte.

    • Eu também tentei conversar com um ex namorado que sofre dos mesmos sintomas, ele não aceita ajuda marca psicólogo e não vai, tentei ser amiga mas hoje ele deu outro piti e agora não quer mais falar comigo, que Deus tenha misericórdia

      • Meu ex tambem. Tava td lindo e maravilhoso e de uma semana e meia ele mudou o comportamento (tivemos umas brigas) e ele determinou que nao funcionamos mais juntos. Com a maior frieza do mundo. Passei o relacionamento todo me doando e ate pouco tempo ele os sentimentos dele eram de extremo amor e carencia. Com estresse no trabalho, ele foi ficando cd vez mais impaciente (td isso em menos de 2 semanas) e terminou comigo. Agindo tao frio como eu nunca tinha visto antes.

    • Então aqui eu usei uma forma mais invasiva. Mostrei um artigo sobre pra ele e falei você deve ter isso, marquei psicólogo e disse que ou ele ia ou tava tudo acabado. Funcionou, tá fazendo tudo certinho.

  5. Eu sou borderline …é muito triste….tive um relacionando que fui abandonada e no meu atual…namoro .. Eu terminei…há pouco tempo…porque ele não me larga ,mas também não casa comigo.. Tenho caráter. Sou boa. Sou vítima também desse transtorno. …Então resolvi me tratar.. Com remédios.. E terapias… Creio que um dia serei amada como sonhei. Deus tem planos pra mim….

    • Força minha amiga, o fato de você reconhecer que precisa de ajuda e ter procurado tratamento profissional já é um grande passo.
      Com certeza Deus tem planos pra você, inclusive através da sua perseverança no tratamento Jesus pode lhe dar a cura assim como me curou de uma depressão de mais de uma década

  6. Minha sogra é border e mora conosco há um ano e meio e digo que tem sido uma das piores experiências da minha vida. Faz pouco tempo que ela aceitou tratamento médico porém ainda não percebo resultados satisfatórios. Quem convive com um border tem que se cuidar muito, ter momentos de escape senão surta junto.

  7. Namoro há 3 anos , e meu namorado foi diagnosticado com o transtorno boderlaine , é muito difícil nossa convivência pois vivo sufocada e não consigo sair fora do relacionamento , sempre que terminamos ele vem atrás de mim , já me ameaçou várias vezes e fala em suicídio tbm . É muito complicado porque tenho dó e medo ao mesmo tempo , e pra piorar a situação ele bebe muito e fica mais agressivo ainda com o efeito do álcool .No dia 10/11/2018 saímos da cidade e fomos pra fazenda da família dele , chegando na casa ainda na estrada do nada ele começou a gritar comigo e me deu um tapa no rosto , eu com muito medo pedia a Deus pra ele parar com àquilo , e ele ficava ainda mais nervoso ao escutar eu pedindo pra ele acalmar … De repetir ele fala que vai me matar e começou a me enforcar ,desceu da camionete dizendo que ia pegar uma faca na carroceria para cortar meu pescoço, eu desci da camionete correndo tentando fugir para o mato ,no escuro mais ele consegui me pegar novamente e me enforcou de novo , de tanto chorar e pedir a Deus que ele não me matasse e pedindo explicação de tudo aquilo ele deu uma acalmada e voltamos para fazenda , chegando lá ele falava que ia me matar e matar os dois pião da fazenda tbm .. Até que ele jantou e começou a passar mal com a bebida e caiu no sono , dormiu a noite toda no outro dia diz não se lembrar de nada , eu contei o que havia acontecido ele chorou muito e pediu desculpas , jogou culpa das suas atitudes na pinga e me implorou que não largasse dele e pediu para que eu não contasse a minha família o que havia acontecido pq ele ia mudar e que me amava muito . Estou com muito medo pois não é a primeira vez ele ele fica agressivo comigo , mais desta vez foi o limite pq se não fosse Deus na minha vida eu não estaria aqui pra contar essa história. Peço ajuda pq não sei o que fazer , tenho medo de denunciar e vergonha de contar a minha família , não só vergonha mais não quero preocupar ninguém ,até pq toda minha família já havia dito que ele era uma pessoa estranha e perigosa , ele está na fazenda e volta final de semana e eu preciso achar uma solução para me afastar dele , sem que ele fique com mais raiva e tente me matar ou fazer maldade a minha família . Por favor me ajudem

  8. Meu ex namorado é um borderline . Faz tratamento psiquiátrico e psicoterapia porém estabiliza um tempo e depois torna tudo novamente . Temos sete meses de namoro e é a quinta vez que ele termina comigo sem motivos lógicos . Ele me culpa por todas as coisas que acontece na relação . Ele e extremamente ciumento e possessivo . Invade todas as minhas coisas . Controla minhas roupas minhas saidas me afastou de amigos faz chantagem psicológica ameaça terminar comigo todas as vezes que algo o desagrada . Parece me amar loucamente em um dia e me odiar na mesma intensidade no dia seguinte sem motivo algum . Já falou coisas bizarras alegando ser brincadeiras como colocar a faca no meu rosto e dizer pra eu ter cuidado ou que quem sabe ele não seria um louco que me mataria e jogaria meu corpo pra ninguém achar ou que ele nunca tinha me dado socos e me enforcado e que já estava na hora …já jogou objeto em cima de mim por ataque de raiva com outras coisas …porém sempre descontando em mim de forma agressiva. Sempre projetando as falhas dele em mim invertendo o jogo ..mentindo que não fez…me manipulando …estamos separados faz duas semanas e dessa vez não fui atrás dele e quando ele veio atrás de mim três dias depois ainda com raiva ..querendo atenção ..querendo que eu implorasse pra voltar com ele …eu não fiz nada disso e ele começou uma onda de ataque de raiva contra mim . Eu não aguento mais . São sete meses que parece ter me levado do céu ao inferno em um piscar de olhos . Ele tem paranóias acreditando estar sendo traído por mim. Não me deixa sair sozinha pra lugar nenhum sempre ameaçando terminar caso eu faça . Ele pode tudo e eu nunca posso nada . Fala em suicídio as vezes. Eu realmente não sei se ele virá atrás de mim pra reatar como nas outras vezes. Ele parece decidido mas não consigo mais acreditar em nada do que ele decide pois hj ele quer uma coisa e amanhã já não quer mais. Não sei lidar. Estou adoecida em todos os sentidos. Eu o amo mas receio voltar. Espero que ele nunca mais venha atrás …e me deixe me recuperar do caco que ele me deixou.

  9. Eu namorei uma mulher muito intensa. Era impressionante. Excessivamente ciumenta, arrumava briga por qualquer coisa ( mesmo), muito negativa, autoestima baixíssima, humor variável, pensamentos suicidas, etc. Muitas vezes, era insuportável. Era evidente que tinha problemas psicológicos e emocionais. Eu, na época, achava-a bipolar. Uma pessoa de lua. Como sou leigo no assunto, porém curioso e amante dos livros, fui dar uma pesquisada para ter uma noção. Coisa bem superficial. Descobri que existia uma variedade imensa de transtornos psicológicos e emocionais, nos quais os sintomas da F… se enquadram. Claro que minha intenção não era dar uma ¨diagnóstico¨da minha então namorada, e sim ter uma espécie de norte. Bom, depois de anos namorando-a com planos de ficarmos noivos, o relacionamento que não estava lá essas coisas já durante um tempo, acabou. Foram vários motivos. Um deles era o gênio dificílimo dela, com tudo que o que o engloba. Continuamos em contato. Depois, acabamos nos afastamos. Senti muito à falta dela. Porém, fiquei na minha. Depois de quase três meses, ela me procurou. Em apenas quatro dias, sua dependência em relação a mim ficou quase como no tempo em que estávamos juntos. Não tínhamos mais nada. Eu estava comprometido e ela com um rapaz. Amizade com ex é um terreno perigoso. Mesmo depois de um afastamento. As recaídas faziam parte. Ela acabou se apaixonando por um rapaz. Mesmo assim, ainda conversávamos diariamente com a dependência dela sempre presente. Me contava tudo que havia acontecido quando ficamos afastados. Me pedia conselhos frequentes sobre seu objeto de paixão. Até me surpreendi com a velocidade que me ¨esqueceu¨apesar de indícios veementes que ainda tinha afeto por mim como homem. O que ela me contou me deixou estarrecido. Envolvimento com drogas, uma vida sexual muito ativa com vários parceiros, suas crises de ansiedade mais fortes e recorrentes, pensamentos suicidas com mais regularidade, alcoolismo, etc. Tento ajudá-la porque gosto muito dela como pessoa e a mulher ainda me dá tesão. Não sou hipócrita. Só que com o que ouvi, descartei mesmo que uma leve reincidência. Me sinto um pouco responsável por isso. Já que ela me considerava de certa forma, seu porto seguro. Só que eu não aguentava-a mais. Nos últimos meses de namoro, só brigávamos. Quando isso não acontecia, era porque eu relevava seu 8 ou 80, sua raiva descabida e tal. Ainda converso com ela. Ao que parece, ainda exerço influência sobre ela. Ela briga comigo direto. Do nada. Ainda está com o rapaz, mas desabafa comigo e diz que nunca ninguém a amou como eu. Estou convencendo-a a procurar ajuda profissional. Me prontifiquei a levá-la, inclusive. Aposto tudo que tenho que ela é border. Esse meu texto grande foi apensas um desabafo. Um abraço a todos que convivem direta ou indiretamente com pessoas amadas com esse transtorno. Força e fé.

    • Concordo plenamente…também precisamos nos amar…pq conviver com alguém assim e que não faz por onde progredir, eh aceitar viver deprimido, angustiado esperando a próxima crise de ofensa, agressividade e rejeição….

  10. Bem, sou casada com um Border ha 6 anos. São 06 anos de agressoes verbais, psicologicas e muitas das vezes fisicas.

    Eu era uma moça alegre, divertida, de riso facil. Hoje tudo que tenho dentro de mim, é medo, insegurança e tristeza, tristeza de ter me deixado levar todos esses anos de juventude de mim. Ele nao tem amigos, a familia dele parece ser tao doentes quanto ele. Usam drogas. E num dia sou a mulher da vida dele, no outro me transformo num monstro sem motivo qualquer. TUDO absolutamente tudo que acontece na vida dele de ruim, é culpa minha, se for bom é mérito dele. Sem contar as mentiras e traições ja não sei mais quantificar. A relação baseia se assim: Calada eu já estou errada, ele pode absolutamente tudo, e eu nada! Não para em emprego nenhum, violento no transito e com os que o cerca. Eu trabalho duro, mantenho a casa, e na cabeça dele, estou sempre traindo… mentindo. Sigo exausta, uma exaustão que dói o peito. Eu era uma mulher linda, atraente, alegre, hoje não tenho mais vontade de nada, chego do trabalho, tomo um banho e vou direto p cama. Sem um carinho, sem um boa noite, sem se quer “oi, você esta bem?” Rezo p/ que Deus me leve embora cedo, p/ que eu possa me livrar dele e descansar no céu.

    • Compreendo o que você passa, mas acho que a sua última frase está errada. Deveria ser “rezo para que Deus leve ele cedo para que eu possa recuperar minha paz”.

  11. Estou saindo de um relacionamento assim. Tem todos os sintomas de um boderline, só não sei se deseja suicídio, mas tem uma direção insegura. A religião ajuda nesse caso, pois é uma pessoa que busca a Deus. Senti-me amada como nunca antes. No inicio foi maravilhoso, mas de repente vi minha vida invadida pois so ficava atras de mim dia e noite. Não se dava bem com minha família e queria se casar as presas, acredito que para nos isolar do resto. Me manda mensagens e não aceita o fim. Gosto da companhia dele, levando em conta os momentos em que estava tudo bem, mas minha família esta com repulsa dele. É uma pessoa carinhosa, mas de repente solta uma hostilidade. Realmente é 8 ou 80. Em um dia entende o termino no outro se desespera de amor. É difícil se desvincular devido a intensidade que elas vivem no relacionamento, só que o cansaço vence o sentimento. É exaustivo. Altos e baixos. Não aguentei mais de 6 meses entre conhecimento e namoro e olha que sou a mãe da paciência. Criticas, vitimização, falta de reconhecimento é frustante. Estou buscando ajuda pra ele e pra mim. Pois mexeu com meu psicológico também o fato de ter que deixar alguém que você não sabe nem definir se é bom ou ruim. Do jeito que eles são a relação também é, indefinida. Não dei chance, pois sei que o circulo será vicioso. Penso no lado bom, mas quando penso no ruim, desanimo. É pesado!

    • Amiga eu também saí de um relacionamento assim, no começo uma coisa de cinema, ele chegou a me mandar tele mensagem com carro de som que era o meu maior sonho, só que o preço a pagar por isso foi altíssimo, crises constantes de irritabilidade, é o extremo ao mesmo tempo que é a melhor pessoa do mundo fica grosso baixa o nível xinga a gente de cada palavrão de doer na alma, não aguentei saí fora.

  12. Tenho um irmão borderline. Já apresenta a doença há 10 anos, e torna a vida de toda a família um verdadeiro inferno. Já tentamos de tudo para ajudar, mas ele não aceita tratamento psiquiátrico e nem psicológico, tornando impossível conviver com ele. Culpa a minha mãe por todos os fracassos da própria vida, ofende a mãe com todas as palavras possíveis, chamando-a de demônio, ameaçando-a. Ela também entrou em depressão profunda por causa do comportamento dele. Todos da família “desistiram” de ajudar, pq não concordam com o fato dele tratar a mãe, que o ajuda, como se fosse um inseto. Eu também comecei a ficar louca convivendo com os dois, os conflitos eram diários, múltiplos e supérfluos, como um copo sujo na pia que ele se negava a lavar. Sei que na teoria deveríamos ajudar pessoas assim, com esse transtorno, mas na prática, conviver por longos períodos com alguém assim arranca de nós a vontade de viver, sinceramente.

    • Minha irmã é borderline. Mora com minha mãe viúva e tem 2 filhas. O marido, que não tem caráter a abandonou com as crianças e minha mãe recebe toda carga emocional e a sustenta. Tento ajudar na medida do possível, mas tenho minha família, marido e também fico dividida e angustiada para dar o apoio a minha mãe, porém não acho justo arrastar meus filhos e marido também pra esse inferno. Claro que muitas vezes desabafo com eles. Não é fácil. Tenho muita pena de minha mãe por ter que passar por isso e sei que minha irmã não tem culpa de ser assim.

  13. Diante de tantos relatos sofridos, existe alguém que conseguiu não ter a alma destruída convivendo com um border? Sei que é um transtorno, sei que eles não tem culpa…mas só vejo artigos que nos ensinam como lidar…..e nós que damos a vida pra tentar viver bem com eles? Alguém se importa? Alguém tem bom prognóstico? É muito difícil amar/conviver com alguém assim…..a alegria de viver vai sendo destruída dia após dia…

    • concordo totalmente, Larissa. Parece que não existe acolhimento pra quem tem a vida atravessada por um. Não acho q seja como atravessar um furacão, me parece mais como se jogar dentro de um buraco negro. Se vc souber de algum grupo de apoio para pessoas que já se relacionaram com um(a), pfvr, entra em contato. Obrigada

  14. Apesar de ser um ser humano como qualquer outro, tenho que conviver diariamente com o transtorno de personalidade borderline. Imagino que seja difícil pra qualquer ser humano lidar com suas emoções, não sei o quanto é. Mas pra mim diariamente é luta, mesmo estando estável, os sentimentos são sempre profundos e os pensamentos complexos e rápidos. Em dias ruins e em crise eu sinto uma vontade enorme de morrer no sentido que preferia morrer a ter esse transtorno. Por exemplo, quando tenho crises de raiva ou fico chorando por hipersensibilidade com medo de algum abandono racional ou irracional. Mas é possível ter muitos dias sem crise, em equilíbrio, aprender estratégias e lidar com os impulsos. Eu não tenho mais ideações suicidas, não me machuco, não sou agressiva mais e tantas outras coisas que fazia como atos de impulso. Além de conseguir me amar, ter uma boa visão de mim e conseguir controlar pensamentos negativos e não ligar para o que os outros pensam de mim.

    • Diga-me como consegues fazer isto ? Estou comprometido com uma garota que porta o mesmo, e está a passar por algumas crises ruins, se pudesse me contactar não para dar soluções mas para falar-me de que forma a sua solução quando convertida para o caso dela poderia ser eficiente.
      Caso queira me contactar via e-mail poderei disponibilizar meu contato : [email protected]

    • Pelo menos vc enxerga isso.Quando eles nao querem se tratar destroem a vida alheia.Entao Deus que me livre,mas ja desejei que meu noivo tirasse a propria vida algumas vezes mesmo..Pelo menos assin eu tinha um pouco de paz…

  15. Uma border é incompatível com qualquer cara a melhor solução é sumir da vida dela antes que ela te destrua, ela se alimenta disso, conhece um cara bacana e faz o cara virar um lixo e perder seus valores fazendo aceitar coisas dela, e depois te descarta, então cai fora mesmo que vc a ame muito , to escrevendo aqui é acabei de terminar o meu relacionamento a 30 min falei tudo isso pra ela e ela chorou muito, mas só falei a verdade, até mesmo ela já falou pra psicóloga dela que ela só destroe a vida dos homens que passa na vida dela

    • O problema como você mesmo disse, é que nós amamos elas mesmo elas sendo completamente tóxicas e destrutivas para conosco… o meu relacionamento de 2 anos e 3 meses com uma, acabou a uma semana, e me seguro pra não ir atrás dela

  16. Alison,,,
    Vc falou tudo,sai fora em quanto é tempo, e humanamente impossível ter um relacionamento com uma boder, sou super apaixonado, amo demais, mais do nada ela te vc vai do pedestal, ela própria quer sofrer quando está está amando, e sem querer a gente cai nessa, já tentei de tudo, e uma maravilha, mas impossível.

  17. VDS – convivi com uma por sete meses como minha amante. Terminou comigo 3 vezes sem motivo. Era encatadora, alucinante, mas não dá. Na quarta vez cai fora, sem recaída física a pedido dela mesma. No entanto, mantive alguma atenção por preocupação ao desempenho profissional dela. Também tinha muitas coisas obscuras e como eu ficava um tempo fora, tenho certeza que recorria a outros parceiros e sexo… muito importante se afastar e manter foco em si mesmo.

  18. Minha irmã é borderline. Mora com minha mãe viúva e tem 2 filhas. O marido, que não tem caráter a abandonou com as crianças e minha mãe recebe toda carga emocional e a sustenta. Tento ajudar na medida do possível, mas tenho minha família, marido e também fico dividida e angustiada para dar o apoio a minha mãe, porém não acho justo arrastar meus filhos e marido também pra esse inferno. Claro que muitas vezes desabafo com eles. Não é fácil. Tenho muita pena de minha mãe por ter que passar por isso e sei que minha irmã não tem culpa de ser assim.

  19. Eu convivi com um border , e o relacionamento e abusivo ! Não tem essa que tem que entender e ter paciência . O TPB , é violento , imprevisível , e perigoso . Impossível um relacionamento estável com eles ! Esse artigo é do mundo cor de rosa !

  20. Uma pessoa com Transtorno Borderline é uma pessoa como qualquer outra. Que vai requerer mais afeto e paciência, sim, mas que, com terapia, pode melhorar bastante. Há tantas pessoas com mau-caratismo (isso sim, incurável, parece-me), que traem patologicamente, que são mentirosos patológicos… Acho que a única coisa que falta é ACEITAÇÃO E PACIÊNCIA, pois, com amor, até um borderline pode evoluir e ter sua doença mais controlada: basta estar interessado (a) em melhorar. Gostei do texto! Já existem rótulos demais nessa sociedade!!!

    • XXXX parece estar discursando em causa própria. É péssimo conviver com um borderline que não busca por tratamento. Não há aceitação, paciência nem mesmo empatia que consiga fazer vc suportar os altos e baixos de humor, a carência e um amor que na verdade é pura dependência. O border não te ama. Só precisa de vc para suprir as próprias necessidades, para estancar seu vazio interior. Te destrói aos poucos.

  21. Conheci essa sindrome agora, não entendia por que ele agia assim. Acordava eram mil amores, risos, agarramentos, 1 hora depois eu era o demônio da vida dele, que destruiu a vida dele. Eu sempre sou a culpada de tudo, uma cara feia minha já faz ele surtar. Ele faz ameaças suícidas toda vez, e eu sou a única pessoa que sabe disso. Os amigos e familia dele cagam pra ele. Eu moro com ele e ele é extremamente possessivo, nunca posso ver ninguem, nem meus pais sem que ele vá junto. Se eu vou a algum lugar ele diz que ta tudo bem, mas quando eu chego em casa ele ja surta dizendo que eu faço ele ter vontade de morrer, assim, do nada mesmo. Eu nunca sei o que esperar, tenho medo de tudo. Era feliz, tinha amigos, agora nunca achei que ia me encontrar nessa situação. Eu amo demais ele, queria muito saber como curar ele. Mas nao consigo mais. E nem terminar com ele para seguir minha vida consigo. Ele sempre acaba tentando morrer. E eu nao conseguiria viver com essa culpa.

  22. Olá, eu me juntei a um bordeline, estamos juntos a 6 messes, eu me estava em uma jornada “cigana” passando em casa em casa , até chegar na casa do meu amigo , ele era meu vizinho, foi amor a primeira vista ,quando me deparei estava mais com ele com que qualquer um na casa dos meus amigos (ele morava com amigos tmb) , eu fui morar com ele e fomos despejados demoramos um mês para alugar nossa casa. Desde que a gente se mudou os surtos dele diminuíram , mas teve um dia eu estava com um espírito de proteção comandando meu corpo , enquanto eu fui meditar (sou umbandista e budista) ele surtou, dia meu espírito confrontou ele e ele me bateu muito , desde então ele nunca mais me bateu assim , mas por ele ser wicca ele diz que tem muitas vozes gritando na cabeça dele , o comportamento dele é imprevisível, sinto que são outras personalidades ali, tem uma mulher , tem o bruxo , a raiva… um que só vem quando ele cozinha , qualquer passo em falso que eu do ele muda completamente , ontem ele queria sair para a balada e eu não queria , mas não o impedi, mas antes disso ele começou a falar que eu descobri o gatilho dele sobre o abandono , cara eu so estava me expressando dando a minha opinião , não foi diretamente para ele , quando ele é frio , maldoso e me machuca eu nunca culpo ele , mas ele cria coisas que tudo o que eu faço e falo sao indiretas para ele , me ajudem , nao sei o que fazer , se alguém tiver um grupo de ajuda para pessoas que convivem , me coloca (11949086061) entre em contato preciso de ajuda , não consigo viver sem ele e não quero mais machucalo , por favor

  23. Namoro a 1 ano uma border, tento manter a calma, mas tudo que acontece é culpa minha, uma hora me ama, outra hora me odeia, fica me comparando com ex (senso que ngm aguentou), é muito desgastante o relacionamento, brigas constantes, agressoes, irritabilidade, nao aceita falar nada, nao existe dialogo, pessoa totalmente para baixo, ta muito dificil, sempre quer terminar, depois quer voltar. Nao sei mais o que fazer, mais amo demais essa pessoa! Custei a convencer a voltar para terapia, mais ela nao aceita nem o q a psicologa fala. Uma palavrinha torta vira uma confusao, tenho q andar em cima de ovos e tomar cuidado com o que falo, nao sei o que fazer!

  24. Boa noite amigos, primeiramente quero agradecer a todos os depoimentos, vou ser breve na minha experiência c alguém que sofre c Boarder.
    Antes de mais nada minha vida inteira estive sempre convivendo c diversos diagnósticos psicológicos
    tenho uma mãe que sofre c depressão, um pai c transtorno bipolar e de humor, um tio que tbm toma medicação controlada devido a esquizofrenia, uma avó c al-zheimer e muitas tias com seus complexos de ansiedade.
    Conheci uma garota muito alto astral, me encantei pelo seu sorriso, jeito de ser,por que vi nela algo que que busco em minha vida, consegui dps de muitos anos voltar a amar e justamente fui amar e me apaixonar por uma boarder.
    Todos os tipos de comportamentos mais comuns eu passei c ela, inclusive conversei c ela e ela sabe e compreende que necessita de tratamento medicamentoso e muita terapia.
    O que quero dizer a vocês amigos, primeiramente se vocês convivem c um boarder tenham em mente o seguinte, saibam quais são os seus limites, eu me sinto bem sufocado, sem energia, totalmente fora de foco qdo saio dela, parece que uma parte de mim ficou lá. Claro que isso não é positivo mas pelo contrario ela tbm me da muito carinho, amor e atenção.
    Porem com todas as leituras que tive cheguei a conclusão que talvez seja apenas sintomas o boarder, entendam que eles tem sentimentos mas eu creio que por um lado esses sentimentos são muito extremos,
    fala que me ama, que sou o homem da ida dela, terminei c ela a relação afetiva dizendo q seriamos amigos apenas e não teríamos mais contato físico,bom é meramente quase impossível chegar no equilíbrio e linha tenue para ter uma amizade pós termino de relacionamento com um boarder.
    Então o mais importante que vocês podem fazer é levar a consciência para ela de alguma maneira, usando exemplos de pessoas que sejam referencias para q elas entendam que não é só ela.
    E claro amamos, nos apaixonamos parece que as vezes queremos ter alguma esperança no relacionamento e alimentamos um futuro melhor não é mesmo? Porem não queiram ser os heróis não podemos fazer o milagre por eles.Antes de mais nada vocês precisam saber se a pessoa está realmente disposta a se ajudar por que nós podemos até querer ajudar alguém mais de nada adianta você fazer a parte dela que é a auto-aceitação de entender e reconhecer o seu problema e mediante a isso saber que precisam buscar medidas para tratar isso! Com muito amor próprio, vontade,dedicação e disciplina ela poderá cada dia se compreender mais.Respeite a si mesmos também nem todos estamos prontos para lidar com isso, eu a conheci no momento em que minha mãe está em uma depressão. Porem se posso dar um conselho a vocês acima de tudo é, escutem a intuição de vocês! Ela falará mais alto!
    Deus abençoe vocês!
    PS: Eu sei e tenho plena convicção que pela minha experiência em lidar c diversos diagnósticos talvez eu tenha sido um dos únicos caras na vida dela que a compreenderia de fato para estar junto dela, ajuda-lá ama-la e ser alguém melhor. Mas, cabe a ela querer isso em primeiro lugar é bem triste e doloroso para mim por dps de tantos anos sem conseguir amar vir a amar alguém a quem não posso dedicar esse amor e o peso do sofrimento, devido as outras circunstancias da vida estou terminando relacionamento com ela.
    Que Deus abençoe vocês, que tenham muita paciência,amor e busquem auxilio de um Psicologo.
    Fiquem com Deus!

  25. Muita atenção!!!
    O diagnóstico de borderline pode ser confundido com o de outro transtorno de personalidade, como o de narcisismo patológico. Sem falar nas comorbidades.
    Importante ter um diagnóstico preciso!
    Muitas vezes, até os psiquiatras têm dificuldades para estabelecer um diagnóstico diferencial. Muito cuidado!

  26. Fui noivo de uma Border diagnosticada. Nossa história foi tão longa, duradoura e sofredora, pois todos os momentos que eu julgava ser os melhores da minha vida foram todos mentira da parte dela. Doei minha vida, fui compreensível e sempre me dispus a ajudar sem julgar ou questionar. As vezes aceitando coisas que já não faziam parte dos meus princípios e muito menos de mim, coisas que nenhuma outra pessoa aceitaria. Mas tinha como missão fazer feliz uma pessoa cujo sofrimento é constante. No entanto assim que o Border observa que você não serve mais pra ele, ele vai embora e quem sofre é você. No fim me senti e me sinto usado, questionando todos os dias o porque disso tudo. Hoje eu sou uma pessoa doente mentalmente, já tentei contra minha vida algumas vezes, e como ela está ? vivendo uma festa de domingo a domingo.
    Realmente é um relacionamento intenso quando feliz, e mais intenso ainda nos momentos de dores. Isso faz com que fiquemos racionalizando e jogando dois pesos, do tipo: “ela faz isso, mas nosso sexo é bom. ela faz aquilo, mas sempre ta comigo, sempre demonstra que me ama.”, a verdade é que o Border não ama. Ele usa as pessoas. Se ame para não acabar como eu acabei.

    • Falou tudo. O pior é que nos sentimos realmente usados mesmo, elas são intensas na forma como demonstram amor, mas quando decidem nos descartar e terminar o relacionamento, se tranformam numa pedra de gelo… Eu até agora estou tentando superar e cuidando da minha saúde mental devido ao trauma que foi o fim do relacionamento com uma borderline.

  27. Fui diagnosticada com essa doença terrível, é muito triste ser assim, minha mãe faleceu quando eu tinha apenas 2 meses, fui criada com a avó materna que também morreu quando eu tinha 11 anos, depois disso fui morar com meu pai que a essa altura já tinha se casado novamente e constituido outra família. Foi terrivel, vivi apenas 8 anos com ele, saí de casa, fui morar em outra cidade, estudei, trabalho e tenho minha vida propria, contudo, tantas perdas na vida me causaram um “jeito de ser” extremamente nervosa, instável emocionalmente. Me casei ha 3 anos e o relacionamento é difícil, já no início do casamento procurei psiquiatra e psicólogo, tomo remédios, faço terapia, mas mesmo assim no relacionamento conjugal é só instabilidades emocionais. Meu marido saiu de casa hoje e já pediu o divorcio, estou órfã novamente.
    Peço tanto a Deus a cura dessa maldita doença ou que ele me leve embora logo, já que viver com isso é um martírio!
    Esse foi o primeiro artigo que li que não fala mal do boderline, que o vê como ser humano, isso é muito importante, já que nos vemos como peso na vida dos outros e na nossa propria vida.
    Deus tenha misericórdia de nós!

  28. É bom ler relatos, ver que não sou o único que passa por isso e nem que sou um monstro por simplesmente não aguentar mais.
    Namoro uma border há quase 4 anos, apesar de um período de 1 ano afastados dentro deste período. Tive uma filha com ela e isso complicou tudo ainda mais. Eu a amo, queria que déssemos certos e conseguíssemos ficar juntos, mas quando estou com ela é só sofrimento, reclamação, brigas.
    Tenho depressão, me trato e consigo ficar bem, mas é só estar com ela que vou ladeira abaixo, e enfrento meus vales mais baixos… Ela sabe que tem border, mas não leva a sério e qualquer problema da relação é culpa minha, qualquer falha ja gera uma discussão grande, não importa o quanto eu me esforce pra ficarmos bem.
    É triste, mas venho concluindo que não consigo ficar com ela, estar com ela significa sofrimento extremo e não consigo lidar com minha depressão e com os problemas dela.

  29. Estou passando por isso.E o pior e meu noivo, ele tem mania de arrastar pra vida?dele algumas Ex.Geralmente as que nao conseguiram se desvincular.Geralmente sao fortemente influenciaveis no sexo e acredito que essa seja o elo com elas.Tebhi certeza que algumas dao dinheiro e prestam favores porque acreditam que foi amor.Nao foi.So quem convive com um border entende que eles irao te usar e depois partir pra outra vitima.Internamente nao conseguem se preencher,so destruir tudo o que esta perto.Nada esta bom,voce sempre poderia se esforçar mais e ama los mais.Achei que pudesse ajudar mas ele so me leva pro fundo do poço.Promete melhorar mas nunca tem fim…

  30. Ler todos esses comentários me fizeram ter certeza que eu nasci para terminar sozinho.
    Tive um relacionamento de 1 ano e 3 meses, eu a amava, porém, eram brigas e brigas constantes, geralmente por motivos pífios e bobos, nós até comemorávamos quando conseguíamos passar mais de uma semana sem brigar. Por muito tempo eu até tentei dividir a carga da “culpa” com ela, afirmando para mim mesmo que ela também tinha culpa das brigas, hoje em dia eu consigo enxergar que 95% da culpa foi minha.
    Sempre tive a necessidade de ter alguém por perto, seja amigo, ficante ou namorada, quando estou sozinho por muito tempo sinto uma sensação de solidão indescritível, por muitas vezes prefiro a morte do que me sentir assim. Em contrapartida, também perco um interesse muito rápido nas pessoas, sinto que elas perderam a “graça” e acabo me afastando. Meu melhor amigo sofre com essa minha personalidade doente, tem dias que eu acho ele o cara mais incrível do mundo e quero estar o tempo todo dele, mas tem dias que sinto que ele me sufoca e preciso de um pouco de espaço, para ele é um pouco difícil lidar, mas torço para que ele nunca me abandone.
    Por toda a minha vida sempre fui um pouco “agressivo passivo”, estou sempre sentindo raiva das pessoas, mas nunca demonstro isso, sempre guardo para mim e vou nutrindo ódio pela pessoa, até o meu interesse por ela acabar, ou até se desculpar comigo. Essa raiva já me fez dizer besteiras irremediáveis, a maioria jogando a culpa em cima em cima das pessoas, porém, essa raiva nunca me fez ser violento, e acho que ser Borderline não é desculpa para ser violento, acho que isso envolve minha mais o caráter de uma pessoa do que uma doença.
    Mesmo me sentindo um monstro desprezível todo santo dia, eu ainda sinto uma enorme empatia e carinho pelas pessoas que convivem comigo, por isso, já tem mais de 1 ano que não entro em um relacionamento sério, mesmo tendo muita vontade, mesmo as vezes chorando por dia e dias por ter dispensando alguma garota legal, eu sinto muito medo de machucar alguém como machuquei minhas ex.
    Pelo que li de pessoas “normais”, é impossível viver com um Border.
    Como Border eu afirmo, é impossível viver com um Border.

    • Entendo e sei como é difícil lidar com esse transtorno, eu basicamente descobri que sofria de borderline quando entrei em um relacionamento. que durou 2 anos. na maioria do tempo eu conseguia controlar cíumes e a insegurança justamente por medo de perde-lo, fazia tudo para agrada-lo . Porém nos momentos de crise ele não compreedia isso contribuiu bastante nas brigas, pois ele revidadava com o despreso. Eu comecei a realizar acompanhamento piscologico e atividade fisica para lidar com a ansiedade extrema que eu sofria afetava minha produtividade, estudos e etc. Porém o relacionamento não deu certo por falta de compreensão e a forma com que ele lidava ( Desprezando) hoje vivo muito melhor em relação a ansiedade prefiro até ser sozinha no aspecto amoroso. pois quando gosto de alguem sempre sofro 2vezs mais além do medo de fazer o outro sofrer.

  31. Tenho muitas dúvidas quanto ao futuro, minha filha apresenta “indícios” Border e estamos em acompanhamento psicológico. Observo pontos “melhorados” após inicio da terapia, mas fico impressionada com o que estou lendo a respeito.
    Uma dúvida é, quando adquirida uma atitude positiva para comportamento negativo, é, realmente impossível que o borderline consiga mantê-la, posteriormente? Observo minha filha sinalizando que vai se tornar “difícil” (insuportável), mas se respeitado o tempo necessário, ela retorna com manifestações aceitáveis. Afinal, estou me iludindo??! Isso faz parte de altos e baixos de um caminho sem volta?!… Ou posso acreditar num quadro mais favorável, com capacidade evolutiva do Border, para comportamento “reaprendido”?!
    Ao mesmo tempo em que observo grande sofrimento experimentado por ela; diante da força de vontade “esmagada” pela indecisão, a auto confiança dilacerada pela incerteza, a positividade anulada pelo medo, a sensação de vazio traduzida por lágrimas incontidas, pouca paciência e “pavio curto” atropelando as pessoas que mais a amam, isolamento em meio à multidão; acredito muito na sua resiliência, pois percebo o quanto lhe faz bem o Amor que temos por ela. Convivência não é fácil, mas o mundo sem ela não oportunizaria nem minha curiosidade sobre esse assunto.
    Contamos, entre nós, com uma rede de apoio de cinco ou seis pessoas que se mantém firmes, com Amor incondicional, aceitando limites e estimulando possibilidades!!
    Por favor, me esclareçam: foi assim com vocês?? Tudo o que estamos fazendo ainda não garante um mínimo de “melhor qualidade” na vida de um Borderline??

  32. Também namoro com uma borderline não diagnosticada, é muito complicado conviver com uma pessoa assim, qualquer besteira gera briga, tenho que andar pisando em ovos por medo de gerar outra discussão desnecessária. Não consigo falar sobre os problemas dela que sempre acabam em discussão, ela sempre vai justificar a falha dela por causa de algum comportamento meu. Ela não tem nenhuma força de vontade para nada na vida, moramos juntos mas eu que sustento a casa, ela passa o dia todo só fazendo coisas do agrado dela enquanto eu acabo fazendo praticamente todas as tarefas de casa e trabalhando em dobro. E por trabalhar em dobro, ela sempre reclama que não tenho tempo pra ela, me sinto sufocado com esse apego exagerado, ela também é muito impulsiva, gasta o dinheiro todo com coisas desnecessárias e age sempre sem pensar

  33. Quem puder, saia logo assim que descobrir da existência do borderline na pessoa com quem está se relacionando. Principalmente se a pessoa não aceita que tem o problema e não faz o tratamento psiquiátrico e com terapia de maneira contínua. Namorei quase dois anos uma pessoa com o problema. Eu não sabia o motivo da inconstância no relacionamento, os diversos ataques de fúria de uma hora para outra. Em um único dia via minha vida ir do céu ao inferno em questão de segundos. A mãe dele me alertou bem superficialmente sobre algo que existia mas não me disse ao certo (mas hoje eu sei que ela queria me contar). Todos os amigos dele (que eram bem poucos e da igreja que ele frequentava), tentei fazer amizade mas ninguém me aceitou. Hoje sei que pq eles já sabiam que não ia durar o relacionamento. Se eu fosse contar cada episódio aqui, daria um livro, de cada coisa constrangedora e assustadora que vivi. No final comecei a desenvolver problemas gástricos, urinários (urgência miccional) e queda de cabelo, pq vivia sobressaltada. Tinha pânico do meu telefone tocar pq o tempo todo eu tinha que enviar localização de onde eu estava e atender as chamadas de vídeo. Vivia depressivo e do nada ficava eufórico. Se eu me atrasasse por qualquer coisa, pegasse um engarrafamento ou fosse contra qualquer coisa, pronto, o inferno já estaria instalado. Era abusivo. Eu podia fazer qualquer coisa que nunca estava bom o suficiente. Vivia sozinha mesmo estando com ele, pq seu pensamento sempre estava vagando em algo que eu nunca vou saber o que era. Ele tem uma filhinha e ambas nos apegamos, viramos amigas. Eu o amava e continuei até o dia que fui agredida fisicamente e ele disse com todas as letras que não me amava. Saí completamente humilhada, com depressão e com síndrome do pânico. Tinha medo de pessoas estranhas quando se aproximavam de mim. Nunca tinha tomado remédio para dormir. A partir desse relacionamento precisei tomar pq não conseguia conciliar o sono. Fui fazer terapia. Tenho crises de choro repentino. Meu trabalho ficou afetado pq tenho crises de ansiedade. Pessoas que convivem comigo olham pra mim e vêm a minha tristeza no olhar e comentam o quanto estou triste. Hoje dois meses depois do término, ele já está com outra pessoa e eu ainda juntando os pedaços que ele destruiu de mim. Irei conseguir, eu acredito!!!

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