Há coisas nessa vida que ninguém pode evitar, e uma delas é o fim.

Da vida, do Miss Dior, do seu biscoito favorito ou de um relacionamento.

Tudo parece pior e nada é capaz de trazer o otimismo dos dias felizes de volta.

Ok, Thais. Tem gente que consegue superar numa boa, queimando as coisas ou só pensando “vou seguir em frente e ponto”. Há quem seja mais decidido, “forte”… Mas quem disse que ser sensível é sinônimo de fraqueza?

Lembro-me da primeira vez em que assisti o trailer de “Como Eu Era Antes de Você”: a trilha sonora, o sorriso de Sam Claflin e o figurino divertido de Emilia Clarke logo me convenceram a deixar o conforto de casa e a tirar a carteirinha da faculdade da carteira, sem falar na atmosfera bastante semelhante a outros romances que ganharam adaptações para o cinema e que ainda fazem muito sucesso e tem lugar garantido na lista de favoritos.

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Louisa, ou “Lou”, interpretada por Emilia, é apaixonante!

Sua bondade gratuita e espontânea, o sorriso gigante e a falta de habilidade em lidar com situações difíceis ou pessoas incapazes de serem tão gentis e alegres quanto ela, e que sempre parece estar encarando a vida de uma forma interessante mesmo com vinte e tantos anos e ainda presa no interior, morando com a família, nos presenteia com a fé na humanidade recheada de pessoas boas, mesmo que sem perspectiva.

E do aparente fim, depois de ser despedida, uma nova oportunidade e aí, conhecemos o William Traynor, interpretado por Sam.

Congelado no tempo, paralisado e no sentido mais literal da palavra, logo de cara e só na cara, surpreende a todos com um humor ácido que é incapaz de azedar a doçura em forma de garota saltitante que é Lou.

Com muitos chás, discussões sobre filmes cult, conversas sobre meias de abelhinha e músicas infantis, nasceu algo tão especial que eu nem sei se poderia chamar de amor.

Se você nunca leu o livro e quer ir ao cinema mais próximo esperando um final feliz, reconsidere os finais que tem como referência e pense no trajeto.

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Por exemplo: muitas vezes, culpamos os outros e até nos culpamos pelo fim de um ciclo ou relacionamento e ignoramos todas as coisas legais que foram vividas e as lições importantes que foram deixadas de presente.

Só conseguimos enxergar o egoísmo no “adeus” e nada mais.

Assim como você, eu e outras pessoas espalhadas pelo mundo, Louisa Clark passou pelo mesma crise e, por um momento, não foi capaz de se colocar no lugar de Will e respeitar sua decisão.

Não por maldade ou egocentrismo, mas por estar tão preocupada em ser boa o suficiente para alguém enquanto não era boa pra ela mesma.

O possível egoísmo de Will não diminuiu os esforços bem sucedidos de fazer com que Clark aprendesse a não se conformar com a vida pacata e a se amar antes de qualquer outra coisa.

O fim, a despedida, nada deve vir antes de você.

Pessoas vem em vão, assim como você – sim, você que está aí lendo, do outro lado da tela – você também deve ir, volta se for necessário e jamais esquecer que até as maiores decepções e as mais tristes despedidas conseguem ser transformadas em arte.

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Transforme-se!

Às vezes, alguém não veio para ficar. Só está de passagem, querendo deixar um presente, um lembrete de que a importância do “enquanto dure” é o segredo para entender que só as grandes lições que te trouxeram até aqui são para sempre.

(Autora: Thais Rodrigues)
(Fonte: entendaoshomens.com.br )
* Texto publicado com a autorização do administrador




A busca da homeostase através da psicanálise e suas respostas através do amor ao próximo.

5 COMENTÁRIOS

  1. Muito bom Thais, refletir os “finais” que tem esse peso emocional e o quanto podemos aprender com eles é difícil mas necessário!
    Bom texto.

  2. Thais, belíssimo texto!!!! Eu assisti ao filme, e confesso que não gostei muito, não pelo não “esperado final feliz”, mas porque não me tocou como eu esperava (ahhhh as expectativas! rs). Já havia entendido que a mudança maior foi ele quem provocou nela, mas lendo seu texto, me deixou mais clara a mensagem do filme, e me deixou um pouco menos frustrada com a história. Parabéns!!!

  3. Que coisa mais linda!!
    É isso mesmo, precisamos nos acostumar com as despedidas e o desapego é aprender que as pessoas e as situações por melhor que seja, não duram pra sempre.
    Amei o texto e juro que sai arrasada do cinema. Achei ele egoista!! Mas, refletindo melhor… Cada um é responsável pelo seu destino.

  4. Oi Thais belissimo texto, assim como notoria a interpretação do filme. Lous recebeu a melhor, desistiu daquele namorado egocentrico, comecou a pensar mais nela propria, mas teve que ser compreensiva com a escolha do menino mimado…que não se rendeu a todo amor que ela sentia por ele. O suocidio assistido é uma pratica em alguns paises, temos que respeitar a escolha do sujeito, mas não posso deixar de dizer que há muito orgulho inserido neste contexto e se a Vida for uma escola, este aluno não aprendeu o bastante!

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