Cronologicamente falando, eu não ligo muito para essa coisa de datas. Porém, um número “redondo” desses da vida, é de fato uma coisa a se comemorar. Mas uma coisa que fica me angustiando é o fato de falarem “É cara, você tá ficando velho!”. Na verdade, cada um tem o seu processo de amadurecimento e isso não condiz com a idade. Mas vamos levar em consideração, que eu, por exemplo, aprendi coisa pra caramba.

Tem carro? Tem filhos? Vai casar quando? Eu me deparo com essas perguntas frequentemente. E apenas fico observando com o sorriso meio falso todas essas questões se referindo a mim e me perguntando: será que eu tenho que ser uma pessoa “completa” com trinta anos? De fato, parece que o tempo foi fatiado no meio do trinta e de um lado tinha adolescência e infância e do outro lado à velhice.

Primeiramente: sim, eu me sinto um cara muito mais maduro para certas coisas e deixo o meu lado infantil e piadas que eu me lembro da infância para trocar com os meus amigos que estão nessa faixa etária. Eu não sou adepto desse lance de “ah, eu vou morrer mesmo, então eu posso encher a cara, comer chocolate pra caramba e comer dezenas de salgadinhos nas festas do meu sobrinho”. Porque eu não sou mais tão novo assim, e daqui ha pouco a minha glicose aumenta, meu colesterol, enfim… Algumas preocupações importantes, mas muito relativas.

Sabe o que eu acho importante mesmo? É estar sempre aberto a novas opiniões e abrir diálogos com pessoas de várias idades. Sim, eu aprendo muito com crianças, adolescente… E dou um “toque” neles sobre algumas coisas que eu já passei e tento ajudar da minha forma.

Por outro lado, eu vou ser sempre o “bebê da mamãe” e as pessoas idosas continuam dizendo que eu sou muito novinho. Por isso que eu disse: tem essa espécie de pêndulo cronológico que me confunde um pouco. Eu sou novo demais pra ser velho ou sou velho demais pra ser novo?

Se você acha que fazer vinte e nove e fazer trinta coisas absolutamente normais e apenas uma mudança de números, esse texto não vai te servir de nada. É leitor, eu tomei o seu tempo. Ah! Falando nisso, eu aprendi a compreender mais as pessoas e não criar tantas expectativas. Porque você acaba se dando mal muitas vezes e aprendendo.

Você se identificou com o texto e tá fazendo ou vai fazer trinta anos? Não tenha medo não… Só não podem faltar os brigadeiros, os abraços, os beijos, o carinho dos seus amigos, e cuecas e meias da sua tia-avó. E fique feliz com isso! Não precisa entrar em crise de “trinta anos” não. Isso é bobeira… Falando em crise, eu tô pensando aqui que o Brasil tá numa crise econômica braba,e eu preciso trabalhar e terminar logo esse texto! Até a próxima!

(Autor: “Daniel Velloso, escritor, autor do livro “Avesso da alma” pela Editora Multifoco, nascido em 1985 e viciado em sonhar.”)




É escritor, estudante de Psicologia e é colunista do site Fãs da Psicanálise.

1 COMENTÁRIO

  1. Belissimo texto, concordo totalmente : “parece que o tempo foi fatiado no meio do trinta e de um lado tinha adolescência e infância e do outro lado à velhice.”

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