Há uma bela metáfora que diz que as carpas japonesas tem uma incrível capacidade de crescer de acordo com o tamanho do ambiente em que estão inseridas. Se estiverem em um pequeno aquário, elas ficam pequenas, não passam de cinco a sete centímetros. Porém, se colocadas em um lago, elas podem atingir três vezes esse tamanho. Pensando na história podemos retirar algumas lições importantes para nossas vidas.

É fato que as pessoas tendem a crescer conforme o ambiente em que vivem e se relacionam. As carpas não têm a opção de sair do seu habitat ou do pequeno aquário em que se encontram. Dependem que outros o façam por elas, mesmo que não queiram, vivem segundo a vontade de terceiros, submetidas a seguirem assim.

Diferentes das carpas, possuímos em nós todas as ferramentas necessárias para nosso crescimento emocional, intelectual e profissional. Temos a capacidade de sair das mais variadas situações. Só que muitas

vezes, não sabemos usá-las adequadamente em nosso próprio benefício. Impomos a nós mesmos, limites que nos barram e nos impedem de crescer, de evoluir. Nos enchemos de desculpas para continuarmos presos em nossos círculos nada virtuosos, usando “muletas” para seguirmos em nossa vida mediana, com conquistas pequenas e raras.

Entender que não estamos enraizados nos dá liberdade para seguir outros caminhos que poderão nos levar a outros lugares. Dar ao nosso cérebro razões para criar novas sinapses e crescer, mudar. Se algo não deu certo, valeu a experiência. Os problemas se tornam mais fácies de se resolverem quando os vemos como desafios. Não que se tornem menores, mas nossa percepção será outra. Tudo depende de como você percebe a situação. Se como problema, como um peso ou como algo que vai te instigar a vencer, superar.

A vida tem seus desafios sim, e entender que podemos superá-los é fundamental. Cada vez que seu tapete é puxado e você se perceber sem chão, desestabilizando seu mundo, na verdade, é apenas a vida te tirando dos limites que seu pequeno aquário te impunha. E Quando isso acontecer, espero que consiga enxergar o lago à sua frente.

Capacite-se e se prepare para viver fora da redoma. Se te incomoda a prisão que você está inserido, talvez você não seja uma carpa de aquário, mas um peixe de grandes lagos.




Assistente Social por formação, psicanalista por vocação, coach por opção, practitioner em PNL por missão e escritora por paixão. É colunista do site Fãs da Psicanálise.

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