Fadiga mental: neurocientista relaciona a fadiga ao vício por recompensa e estudo é aceito internacionalmente.

Teoria que relaciona a fadiga à ansiedade e a dopamina foi publicada na revista científica internacional Web Of Science and Scopus

O neurocientista Fabiano de Abreu teve o artigo aprovado por comitê científico e publicado na Revista científica Brazilian Journal of Development. Desta vez, ele mostra como o descontrole hormonal pode ter relação com transtornos de ansiedade e depressão.

A sua teoria foi embasada em pesquisas que o cientista realizou para entender os motivos que levam as pessoas a fadiga mental.

Uma pergunta que foi feita: Quantas vezes você começou a ler um texto e, antes mesmo de chegar ao final, se sentiu cansado demais para continuar a leitura?

Apesar de, a maioria das pessoas, não entenderem muito bem o motivo desse “cansaço”, é comum associá-lo à preguiça e ao acúmulo de obrigações do dia a dia. Porém, segundo Abreu que possui especialização em propriedades elétricas dos neurônios em Harvard, a “falta de vontade” está relacionada a uma condição genética.

“Ao contrário do que muitos pensam, não estamos mais cansados porque fazemos mais coisas. Na realidade, pensamos mais e fazemos menos, estamos fadigados devido a uma disfunção relacionada à ansiedade. Faltam-nos gatilhos para iniciar processos que buscam uma conclusão, fantasiamos as metas, mas não há força para iniciar”, explica.

Segundo Abreu, o ser humano está burlando a sua identidade genética e, neste momento, sofre as consequências disso

“Estamos “viciados” em dopamina, que é um hormônio neurotransmissor que influencia no nosso humor que está relacionado à recompensa. Estamos sempre em busca de aumentar a produção desse hormônio, mas sem querer, fazemos um esforço excessivo para alcançá-lo. Esse ciclo está nos forçando a um descontrole desse hormônio ou forçando a sua produção por introdução medicamentosa. Por isso, há tantos casos de síndromes, transtornos de ansiedade, depressão, e claro, o cansaço”, afirma.

Fabiano de Abreu reitera ainda que, além da sobrecarga mental, as consequências dessa “busca pela recompensa”, podem afetar também a parte física.

“O excesso de ansiedade sobrecarrega o corpo com hormônios de estresse, como o cortisol, por exemplo. O cortisol é um regulador do estresse, já que é o hormônio responsável por manter nossa imunidade e eliminar o que tem de ruim em nosso organismo. Esse esforço constante em combater o estresse exige um gasto de energia que leva à fadiga, já que o corpo está desprovido de energia. O estresse constante leva à fadiga crônica. A ansiedade sobrecarrega o corpo, ocasionando a exaustão”, conclui.

Para o neurocientista os nossos hábitos são os grandes vilões.

“O melhor remédio para combater essa doença, que pode levar inclusive à morte prematura são os hábitos, que vão, desde a alimentação até à rotina de organização com exercício físico, metas alcançáveis, lazer, interação com outras pessoas e outros”.

(Imagem: Sander Weetelin, Unsplash)

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