É, eu sei, às vezes pensamos qual o sentido de fazer o certo e as consequências não serem do jeito que imaginamos.

Dá uma frustração, um sentimento de injustiça pensar que nem sempre nossas boas ações são valorizadas e recompensadas da maneira como gostaríamos.

Principalmente, se começarmos a nos comparar com outras pessoas que parecem não sofrer (ainda) com os efeitos das suas más ações.

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Com a ideologia em vigor “o mundo é dos espertos”, parece até que o bonito é trapacear, é não se importar, é tirar o máximo de vantagem das situações e das pessoas.

A lei do menor esforço é outra que alimenta essa ideia; nas escolas, por exemplo, os alunos que não estudaram e conseguiram boas notas de forma corrupta, tiram sarro dos que estudaram. Quem se esforçou em aprender uma matéria e deveria ficar feliz pelo conhecimento adquirido começa a se sentir trouxa, como se tivesse perdido tempo de vida.

Dentro de casa o filho que é obediente aos pais começa a se sentir ridículo ao ver que o irmão consegue se safar de todas as estripulias. No trabalho, o funcionário que é pontual se sente incomodado com o colega que sempre chega atrasado e que não é punido por isso. Nos relacionamentos amorosos quem é honesto, se sente idiota ao perceber que o parceiro mentiu. E por aí vai… as pessoas estão se sentindo babacas por seguirem seus princípios e valores.

Se você que está lendo esse texto já teve ou tem essa sensação, acalme-se! Fique em paz com as ações que você julgou serem corretas!

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Mesmo que te interpretaram errado, mesmo que te julgaram ou mesmo que foi apenas uma tentativa de consertar as coisas. Pare de se comparar, principalmente com quem não merece servir de exemplo.

Não existe preço para uma consciência tranquila. O bem sempre compensa. Dê ao mundo o seu melhor. Sempre! A lei do retorno pode não ser imediata, mas um dia todos irão colher o que plantarem.

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Psicóloga e mestre em Psicologia Social. É colunista do site Fãs da Psicanálise.

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