Novo estudo divulgado essa semana acende um sinal de alerta para o uso de alguns tipos de antidepressivo por adolescentes e jovens. O estudo aponta uma correlação entre esse tipo de medicamento e um maior risco de comportamentos violentos.

Segundo os pesquisadores, jovens de 15 a 24 anos que tomam uma classe de anti epressivos conhecidos como inibidores específicos de recaptação de serotonina ( o Prozac é o mais conhecido deles) tem quase 50% mais chance de se envolver com violência e criminalidade. Nas demais faixas etárias, essa associação não foi encontrada.

A pesquisa, feita pela Universidade de Oxford, levantou, durante 4 anos, registros oficiais de saúde de quase 800 mil suecos que tomaram esses antidepressivos. O trabalho foi publicado no periódico PLOS Medicine e divulgado pelo jornal inglês Daily Mail.

Como essa classe de remédio já é associada a um maior risco de suicídio em jovens, os especialistas trabalham com a hipótese de que ela possa agir de maneira distinta nos cérebros em fase de desenvolvimento.

Embora a correlação entre violência e o medicamento pareça verdadeira nesse grupo, é difícil comprovar uma relação direta entre causa e efeito. Os maiores índices de violência entre os adolescentes que tomam o antidepressivo podem ter a ver com o uso irregular do remédio (mais comum nessa faixa etária) e também com o fato de que os jovens medicados podem fazer parte de um grupo que já é sujeito a alterações de comportamento.

A violência foi mais comum em jovens que receberam doses mais baixas. Para os especialistas, mais estudos são necessários, e eventualmente as bulas (que já avisam sobre os riscos de suicídio) poderiam trazer advertências sobre agressividade e comportamentos violentos. Outro ponto importante mostra correlação entre o uso desse antidepressivo e o maior consumo de álcool, o que pode justificar a maior causa de violência nesse grupo.

(Fonte: http://sao-paulo.estadao.com.br)




A busca da homeostase através da psicanálise e suas respostas através do amor ao próximo.

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