Terapia

Vivemos em um mundo onde há uma epidemia de baixa autoestima

Vivemos em um mundo onde há uma epidemia de baixa autoestima. Ela afeta quase todos os aspectos de nossas vidas, desde como pensamos sobre nós mesmos até a maneira como pensamos e reagimos às situações da vida.

Quando influências e pensamentos negativos são predominantes – gerados a partir de nós mesmos ou através de outros – isso afeta negativamente a maneira como nos sentimos sobre nós mesmos. Com o tempo, isso pode levar à baixa autoestima, o que pode reduzir a qualidade de vida de uma pessoa de muitas maneiras diferentes. Se não controlado, isso pode conduzir a problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão.

Mas o que causa baixa autoestima? Existem várias causas, mas, de acordo com um dos principais psicólogos clínicos australiano especializado em autoestima, o Dr. Lars Madsen, a baixa autoestima muitas vezes tem origem nos primeiros anos de uma infância abusiva ou disfuncional. Ela também pode ser atribuída a eventos de vida estressantes frequentes, como rompimento de relacionamentos, problemas financeiros, maus-tratos de um parceiro, pai ou responsável, ou sofrer bullying.

Todos nós sabemos que nossas vidas são cheias de desafios e triunfos, de altos e baixos. No mundo de hoje, estamos muito conscientes de que há muitos fatores negativos que podem nos levar a duvidar de nós mesmos. Conforme cada influência negativa entra em nossas vidas, a dúvida se insinua em nossas mentes, e “eu não posso fazer isso”, ou “eu nunca vou superar isso”, tornam-se mantras que ficam cada vez mais difíceis de tirar da nossa cabeça.

Quantas vezes você pensa: “Sou bom o suficiente?”

O mundo pode ser um lugar solitário enquanto tentamos encontrar os recursos certos para nos ajudar nesses momentos – tudo pode ser assustador e confuso. Colocar demasiada credibilidade em formas negativas de pensar pode se transformar em um padrão arraigado, e perdemos a capacidade de encontrar um caminho para nossos “eus” felizes, confiantes e fortes.

Em suma, um forte senso de autoestima pode ajudar a combater o pensamento negativo. Tente estas sete dicas para impulsionar sua autoestima.

1. Trate-se como se fosse seu melhor amigo. Seja solidário, gentil e compreensivo. Não seja duro consigo mesmo quando cometer um erro. Toda vez que você criticar a si mesmo, pare e procure evidências objetivas de que a crítica é verdadeira. Você perceberá que a maior parte de sua conversa interna negativa é infundada.

2. Não se compare com os outros. Reconheça que todos são diferentes e que cada um tem valor por direito próprio. Faça um esforço para se aceitar, com todos os seus defeitos.

3. Reconheça o positivo em si mesmo e aprecie suas qualidades especiais – lembre-se de seus pontos positivos todos os dias.

4. Escreva uma lista de seus pontos positivos e consulte-a com frequência. (Se você acha que não consegue pensar em nada de bom em si mesmo, peça a um amigo de confiança que o ajude a escrever a lista.)

5. Concentre-se em viver no aqui e agora, em vez de reviver antigas mágoas e decepções.

6. O exercício é ótimo para lidar com a depressão e ajudá-lo a se sentir bem. As metas de saúde precisam ser gradativas, tais como começar com uma caminhada ao redor do quarteirão uma vez por dia, matricular-se em uma academia local ou dar algumas braçadas na piscina. O exercício tem se mostrado tão eficaz quanto a medicação antidepressiva e a psicoterapia combinadas no alívio da depressão leve e moderada.

7. Seja assertivo e comunique suas necessidades, desejos, sentimentos, crenças e opiniões aos outros de maneira direta e honesta.

É preciso esforço e vigilância para substituir pensamentos e comportamentos negativos e inúteis por alternativas mais saudáveis. Dê a si mesmo tempo para estabelecer novos hábitos. Mantenha um diário para acompanhar seu progresso.

Não são eventos externos que têm o efeito mais profundo em nossa autoestima, mas como vemos nossa própria vida e eventos da vida. Em última análise, é a crença interior que temos em nós mesmos que guia nossa jornada. Nós realmente acreditamos que merecemos viver em um relacionamento ruim? Realmente acreditamos que merecemos ser mentalmente ou fisicamente abusados? É a nossa crença negativa em nós mesmos nos mantém em circunstâncias negativas?

Como Viktor Frankl (1905-1997), um psiquiatra e sobrevivente do Holocausto, disse em Um sentido para a vida: “Tudo pode ser tirado de um homem, exceto uma coisa, a última das liberdades humanas – escolher sua atitude em qualquer conjunto de circunstâncias, escolher o seu próprio caminho.”

Mesmo que não possamos mudar nossas experiências passadas, podemos mudar a forma como pensamos sobre elas. Como resultado, quando combatemos pensamentos negativos e nos estimulamos a melhorar a maneira como pensamos sobre nós mesmos, encontramos um caminho para um futuro melhor.

(Link original: thriveglobal)
*Traduzido e adaptado por Marcela Jahjah, da equipe Fãs da Psicanálise

*Texto traduzido e adaptado com exclusividade para o site Fãs da Psicanálise. É proibida a divulgação deste material em páginas comerciais, seja em forma de texto, vídeo ou imagem, mesmo com os devidos créditos.

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