Ao ler sobre a formação das pérolas, me deparei com algo fantástico e que poderia nos fazer mudar se tivéssemos a humildade de observar a sabedoria da natureza.

Quando um invasor perfura a concha e se aloja dentro dela, a ostra percebe o corpo estranho, o invasor em seu interior e despeja nele uma substância própria chamada nácar ou madrepérola, sua defesa contra o “lixo” externo que consegue penetrar nela… E isso transforma o invasor em pérola. Portanto, a pérola é o resultado de uma reação do molusco contra invasores externos.

Entendendo o processo, será que nos faria bem transformar o que de ruim penetrou em nosso coração em pequenas pérolas? Nossas reações ao que nos invade pode ser o grande segredo para transformar a dor, a maldade ou o que de ruim alguém jogou na gente, em algo que nos faça bem, ainda que dependa exclusivamente de nós e das nossas defesas naturais.

Quando fomos criados, recebemos um conjunto de ferramentas eficazes que nos protege, nos faz resistentes, enfim, nos defende e nos faz reagir em nossa própria defesa.

Ao longo das nossas vidas, somos tão bombardeados com fatores estressores que esquecemos a funcionalidade do que naturalmente já possuímos. É necessário despertar para essa realidade e perceber que temos tudo o que precisamos dentro de nós, embora teimamos em procurar fora o que temos dentro da gente. Nos cabe tomar consciência plena disso e usar em nosso favor o que já possuímos em nós.

Seria bom se a gente soubesse transformar toda sujeira interior em algo bom e útil. Não estamos isentos de receber maldades, “invasores”, mas somos responsáveis com o que fazemos com eles. Então, transforme-os em lindas e variadas pérolas. Você vai perceber que o que era para te fazer mal, na verdade, vai te fortalecer.




Assistente Social por formação, psicanalista por vocação, coach por opção, practitioner em PNL por missão e escritora por paixão. É colunista do site Fãs da Psicanálise.

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