Desci do elevador e imediatamente olhei para a porta do lado direito e lá estava uma grande guirlanda de Natal. Me certifiquei de que era o décimo andar, tudo certo, moro no décimo andar.

Assustada lembrei que novembro antecede dezembro e assim o final do ano. Mas já? Já!

Não é raro que a maioria das pessoas se sinta assim nesta época do ano. Os supermercados já vendem panetone, algumas lojas estão enfeitadas, há promoções anunciadas nas mídias sociais, família e amigos começam a se organizar para as festas de encerramento do ano.

Também não é raro que sentimentos de angústia estejam mais latentes. Isso acontece pois todas as idealizações que fizemos no início do ano aparecem como cobrança no seu término.

Frustados, tendemos a ficar ansiosos para ao menos concretizar algum plano que ficou pelo caminho  ou depressivos quando nos deparamos com metas que não foram alcançadas como: o novo emprego, uma relação afetiva estável, troca de carro, dentre tantas outras promessas de ano novo.

Entretanto, perceba que trata-se de algo sazonal. Assim como em outros países com a queda na temperatura, o céu cinza e a consequente monotonia por ter de ficar em casa mais tempo, a depressão pode se instalar nessa época do ano e tende a ser superada com o passar dos meses.

É natural na vida em comunidade esses picos de emoções. Como também é natural que se esqueça da quantidade de experiências que se vivenciou durante os 12 meses vividos. Assim como as estações climáticas do ano mudam, os nossos objetivos também mudam e tendemos a não perceber que simplesmente não tratamos com urgência o que era prioridade no início do ano.

O importante é fazer uma reflexão, muitas vezes dura, entretanto útil, sobre o que nos é essencial e sobretudo pensar se estamos nos cobrando demais, reparar se estamos realmente nos dedicando para conquistar aquilo que seriam nossos sonhos. Desapegar do consumismos e valorizar o encontro com amigos, os nascimentos e as conquistas, não renega a luta pelo alcance dos nossos desejos.

Um modo positivo de pensar, é de que o final do ano simboliza também o final de um ciclo e início de uma época de novas oportunidades. Veja se as metas a serem conquistadas no novo ano que se inicia realmente pertencem a você ou são projeções daquilo que os outros desejam para a sua vida.

Valorizando o caminho que trilhou e ficou para trás, você estará preparado para dar passos mais seguros em direção aos novos horizontes que se abrem.

*Este texto pode ser compartilhado desde que citados fonte e autoria.




Desde que começou os estudos em Psicanálise e Psicoterapia, a jornalista, bacharel em Direito, mestre em Ciências Naturais pela Unicamp e doutoranda em Psicologia pela UCES Natthalia Paccola levanta uma premissa sobre a sua vida profissional: nunca aceitaria rótulos ou doutrinas acadêmicas. Mas é claro que sofre influências de vários pensadores. Sua grande fonte de inspiração como autoridade em levar Luz para o Bem através de mídias sociais, no entanto,  tem sido os seus próprios seguidores, cerca de 10 milhões que passam semanalmente pela sua Fanpage, Grupos, YouTube, Site, Instragram ou Twitter.

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