Quais são os limites da criação? Essa é uma questão que permeia todo o dia a dia de quem lida com as crianças.

Se entendermos que a boa ordem e rotina de um ambiente, sejam as regras destinadas a auxiliar a boa convivência das pessoas, poderemos concluir que uma criança em desenvolvimento será beneficiada por estas repetições.

O banho sempre no mesmo horário, a hora do papá, a hora da limpeza da casa, do cheiro da comida, do passeio, do sono. Os sons da casa, a iluminação, as coisas sempre no mesmo lugar, tudo isso facilita o “reconhecimento” do ambiente, o reconhecimento de si, neste lugar. O encontro com as outras pessoas…

Não se diz aqui em rigidez ou falta de flexibilidade, mas, que as coisas aconteçam sempre na mesma ordem, proporcionando à criança coerência na condução dos comportamentos, o que mantém um sentimento de regulação e autoconhecimento, inclusive com relação ao seu próprio corpo e as sensações que ele provoca.

Se pensarmos no bebê, que começa a desenvolver o conhecimento sobre si mesmo e o mundo que o cerca, poderemos imaginar que ele se sentirá bem seguro, quando, ao sentir-se incomodado pela umidade no corpo após um alívio fisiológico (diga-se popularmente, cocô ou xixi) ele experimentar a sensação de uma água quentinha , toque das mãos conhecidas e acolhedoras e cheiro de fraldinha limpa… o que ele aprenderá? Que sempre que ele se molha, esta boa sensação ocorre. Desta forma o ritmo do corpo começa a agir em função de repetir este prazer, na busca da acomodação. Se estiver em um ambiente onde esta regra se repita, ele passa a conhecer não só a sensação interna de prazer, como a externa que o auxilia a controlar seus impulsos para manter a segurança das boas sensações.

É fundamental nos primeiros anos de vida que se estabeleçam bons relacionamentos bebê e mundo pois, os adultos que estiverem atentos a esta regra e a mantiverem controladas, terão muito mais chances de ajudarem seus filhos a se desenvolverem de forma positiva a si mesmos e ao ambiente que os rodeia.

“Discussões, tantas vezes renovadas, sobre a questão de saber se a criança nasce moral ou imoral ou se possui pelo menos, em si, elementos positivos de moralidade ou imoralidade. O problema assim colocado, não admite solução definida. Agir moralmente é conformar-se às regras da moral. Ora, as regras da moral são exteriores à consciência da criança; são elaboradas fora dela; a criança só entra em contato com elas num momento determinado de sua existência”. (JM Piaget)

(Fonte: br.mundopsicologos.com )




A busca da homeostase através da psicanálise e suas respostas através do amor ao próximo.

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