O Boletim dos Cientistas Atômicos iniciou 2020 com uma medida alarmante: moveu o ponteiro do “Relógio do Juízo Final” para 100 segundos mais perto da meia-noite.
Desenvolvido em 1953, durante a Guerra Fria, o relógio funciona como uma metáfora para o apocalipse global. Quando foi criado, os mesmos cientistas que ajudaram a desenvolver as primeiras armas atômicas deliberaram que esta seria uma maneira eficaz de comunicar ao público a ameaça que essas mesmas armas representavam para a humanidade.
Conferencista do Fronteiras em 2016, Mary Robinson esteve presente no evento e fez um alerta para o mundo: “Isso não é mera analogia. Isso é péssimo. Estamos a 100 segundos da meia-noite, e o planeta precisa acordar”.
Para a líder global na área da sustentabilidade, hoje temos muito mais do que armas nucleares para nos preocuparmos, e é por isso que o relógio se move tão perigosamente para perto da meia-noite: “Nosso planeta enfrenta duas ameaças existenciais simultâneas – a crise climática e as armas nucleares”, disse Robinson.
A mudança climática é uma das razões para o diagnóstico dos cientistas e é também a única sobre a qual podemos agir diretamente, seja mudando hábitos de consumo, seja pressionando os líderes globais para que atendam a este pedido de socorro do planeta.
No entanto, alguns deles seguem de olhos fechados para o alerta da ciência. Enquanto o mundo se aproxima dos seus limites, o Presidente americano Donald Trump ignora os protestos públicos e instiga os conflitos que podem levar à proliferação nuclear.
Fonte: Newstalk / Stephen McNeice, através de: fronteiras
Imagem: Nick Bondarev
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