O início do comércio se deu com os fenícios, que eram os povos que estavam localizados em regiões dos atuais Líbano, Síria e norte de Israel. Por não possuírem um bom solo para o plantio eles eram incapazes de desenvolver a agricultura de forma suficiente para alimentar seu povo. Assim, a proximidade com o litoral e a necessidade de suprimentos lhes propiciou o desenvolvimento de conhecimentos técnicos para a construção de navios que os levassem até outras regiões onde podiam seus próprios produtos, tais como tecidos e a madeira, em troca do que outras localidades e culturas tinham em abundância para vender, levando a trocas vantajosas para os dois lados.

Essa prática cresceu e se desenvolveu, principalmente na Europa onde feiras medievais recebiam mercadores de diversas regiões do mundo. Quem é que nunca ouviu falar no clássico de Shakespeare “O Mercador de Veneza”, por exemplo?

Assim, desde os seus primórdios comerciais, as pessoas que oferecem seus produtos para venda ou troca, além de irem as regiões mais propícias, também oferecem amostras do que estão ofertando para que o potencial comprador tenha noção do que é o produto, sua qualidade e, só então possa adquiri-lo com mais segurança de que está fazendo um bom negócio.

Ainda hoje feirantes cortam pedaços da fruta para que as pessoas conheçam seu sabor e docilidade. Consultores oferecem cafezinhos dentro do mercado para que a marca seja conhecida pelo público que escolhe entre tantos produtos enquanto anda entre as prateleiras. Vendedores de perfumes borrifam pequenos pedaços de papel para que os cheiros sejam experimentados, concessionárias oferecem “test drives” para que os clientes tenham a experiência de dirigir seus automóveis, entre tantas outras formas de tornar algo familiar e mais próximo do outro. Mesmo para comprar roupas as pessoas entram em pequenas cabines e vestem os produtos antes de adquiri-los.

E no mundo virtual?

Embora a internet tenha sido disponibilizada mundialmente pela primeira vez em 1991, ela começou a ser distribuída nos EUA em 1995. De lá para cá, e até a sua total popularização, temos algo em torno de 20 a 30 anos de acesso a seus famosos links que nos remetem a endereços que não só informam, mas também vendem todos os tipos de coisas que pudermos imaginar e isso fez com que a maneira de conhecer e “provar um produto” fosse adaptada.

Na onde empresas muitas vezes disponibilizam pequenas “degustações” de seus produtos, como, por exemplo, um casino bônus sem deposito, para que a alguém que ainda não teve a oportunidade de assimilar as regras e condições dessa área de atuação do entretenimento compreenda como funciona todo o processo, crie confiança no local ou mesmo adquira um pouco de prática antes de depositar seu próprio dinheiro para realizar novos jogos.

Ou seja, ter proximidade e adquirir familiaridade é uma maneira de diminuir preconceitos, tornar um raciocínio abstrato “mais palpável” e saciar curiosidades, ganhar prática, proteger-se e até mesmo descobrir se gosta de uma coisa ou local diferentes. Essas estratégias também vão ao encontro de driblar uma característica humana que é ter certa dificuldade em sair de sua “zona de conforto” e se entregar a experiências novas.

Com todas essas facilidades, hoje o usuário da internet fica mais tranquilo para conhecer formas diferentes de comprar e se entreter mesmo em ambiente virtual e em sites que têm suas sedes localizadas a milhares de quilômetros e nas mais diversas regiões do mundo, tudo isso sem correr riscos desnecessários.

Imagem: Pexels




A busca da homeostase através da psicanálise e suas respostas através do amor ao próximo.

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