Muito se fala sobre as consequências, para os filhos, da separação dos pais. Há um leque infinito de possibilidades, as mais comuns é que passem a ter duas casas, novos padastros, madrastas, irmãos e novos círculos familiares e de amizade.

Aparentemente, levam vida normal, frequentando escolas, dividindo seu tempo entre a casa do pai, da mãe, da avó. Mas será que a vida continua normal mesmo? O que se constata, na realidade, é que os filhos costumam carregar um confuso sentimento de culpa pelo relacionamento dos pais ter sido rompido, fora as marcas que carregarão pela vida se a separação tiver sido traumática, com brigas, agressões verbais e físicas.

Outro sentimento recorrente é o da rejeição, essa muito mais imaginada do que real, na maioria dos casos.

O que dizer então de alguém que foi abandonado pelos pais aos 6 anos, passando a ser criado por uma tia? Esse é o caso do Beatle John Lennon que, apesar de reconhecido e até idolatrado pelos fãs, não conseguiu superar a profunda mágoa que sentia pelo abandono dos pais. Nem o sucesso artístico e financeiro foram suficientes para aplacar esse sentimento.

Entretanto, em 1971, um ano após o fim da banda The Beatles, John Lennon compôs a música “Mother”, através da qual botou para fora toda essa mágoa e sofrimento.

Ele mesmo a considerava como um grito primal onde, de acordo com determinada linha terapêutica, a pessoa é estimulada a reviver sua dor e gritar bem alto, como num choro de renascimento para estancar a dor.

É isso que ele faz, de uma forma muito comovente, nessa canção. Ouça e sinta todo o sentimento de John Lennon, que foi, sem dúvida, um dos melhores compositores do século XX.

Autora: Marilda Romani

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