Internet tem sempre um lance confuso de você não saber exatamente onde leu uma ou outra coisa, né? Sei bem disso porque já tô nessa de escrever na internet há uns bons anos e saquei faz tempo que não dá pra ter aquela vaidade de querer que as pessoas saibam quem foi que escreveu. Tem que trabalhar o desapego desse afago no ego, escrever e entregar pra Deus.

Então eu peço desculpas ao autor disso aí, mas queria compartilhar uma sabedoria que eu li esses dias nas redes sociais da vida e que falava sobre adaptação. Era um texto curtinho – talvez bem mais curto do que esse venha a ser – que falava sobre a relação entre a capacidade de adaptação às mudanças da vida e a felicidade; a felicidade lato sensu, seja lá o que ela venha a ser.

Li aquilo, achei interessante, passei quase batido e eis que em pouquíssimas semanas eu e meu namorado decidimos morar juntos e, de um dia para o outro, eu me vi saindo da casa dos meus pais, mudando de cidade, mudando de rotina, tendo uma vida conjugal pela primeira vez na vida e, Meu Deus, aquilo nunca fez tanto sentido.

Essa é uma experiência feliz, é claro, mas haja jogo de cintura para se adaptar às mudanças da vida, né? Até as mudanças boas – essas tão almejadas e queridas – trazem perspectivas que nos fazem cambalear ao parar para pensar nos caminhos da vida.

“Cadê minha mãe? Meu pai? Minha irmã? Cadê meus cachorros e as amigas que moravam ali na esquina? Cadê a vizinhança, a padaria e a lojinha da rua de cima?” “Tem mais alguém em casa. Será que ele também quer essa comida? Nossa casa, nossas contas, nossas coisas e nossas conquistas. Que coisa louca. Tudo o que é meu, também é um pouquinho dele. Baita mudança na vida.”

Nos primeiros dias eu chorei. Chorei meio sem saber direito o porquê e de repente eu percebi que era justamente essa dificuldade de adaptação a mudanças que estava me afastando da alegrias de desfrutar dos momentos maravilhosos trazidos por essa alavanca cheia de coisas boas e positivas.

Foi aí que eu percebi que esse é um exercício de perspectivas. Que todas as mudanças, por mais desejadas ou indesejadas que sejam, tendem a ter faces positivas e negativas. Que é preciso se empenhar para minimizar as faltas e alimentar as alegrias. Que é preciso se empenhar com um bocado de afinco para encarar tudo de maneira positiva e, encarando com franqueza a inevitabilidade das mudanças na vida, se esforçar para curtir, porque logo tudo muda e a mudança nova também tem dois lados.

É preciso mudar de maneira positiva.

(Autora: Duda Costa)

(Fonte: eoh)

*Texto publicado com a autorização do administrador do site.




A busca da homeostase através da psicanálise e suas respostas através do amor ao próximo.

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