Já existem pesquisas aprofundadas que comprovam que a qualidade de vida está diretamente proporcional à qualidade dos relacionamentos e vínculos que ele estabelece.

Amor e acolhimento são necessidades prementes de todos, e criar relações saudáveis e profundas é o que realmente dá sentido à vida. A ausência de amor e aceitação sempre levará à dor e ao sofrimento. A criança que não recebe esta atenção e cuidado, também irá se perceber como não apta a receber amor e cuidado ao longo da vida. O eu acontece?  Irá refletir em seus relacionamentos, desenvolvendo dificuldades em gerar bem-estar e uma trajetória positiva e salutar.

Ao contrário, quem recebe cuidado e afeto, irá replicar este modelo em seus relacionamentos, sendo mais fácil desenvolver vínculos sólidos e realmente sadios.

Quando uma criança é amada e tratada com dignidade, ela desenvolve um senso de merecimento que irá impactar em toda a sua trajetória, em suas conquistas e como ela irá encarar seus desafios.

A inteligência emocional necessária para colocar-se no lugar dos outros e ter uma empatia verdadeira, também é ampliada, uma vez que pessoas com senso de merecimento e amor próprio desenvolvido estendem este sentimento aos demais.

A resiliência necessária para olhar as adversidades com firmeza e coragem também se desenvolve. O medo da não aceitação é minimizado e percebe-se um estoicismo ampliado. A capacidade de encarar e aceitar a própria vulnerabilidade, empreendendo esforços para modificar o que é necessário, desenvolver gaps de competência e, assim, permitir-se mais facilmente, melhorar e progredir a vida. A criança que é amada e amparada em suas necessidades, principalmente emocionais, será seguramente um adulto mais compreensivo, amoroso e muito mais sadio que aqueles que não tiveram esta oportunidade.

A dimensão espiritual no processo de cura, é outro fator extremamente importante. Também existem diversas pesquisas comprovando que a fé do paciente em relação à chance de superação da doença é determinante para o processo de cura. E, neste sentido, filosofias que estimulam a conexão com algo maior dão o suporte necessário para encorajar a pessoa a manter-se firme em seus pensamentos salutares.

Mais uma vez chegamos à importância da resiliência construída ao longo da vida, que, se fortalecida na infância, torna tudo mais fácil. A religião e as filosofias espirituais costumam incentivar esta resiliência através da fé em algo superior e da formação de valores como compaixão e amor ao próximo.

Tudo está interligado.




Semadar Marques, palestrante, educadora e analista em inteligência emocional. É colunista do site Fãs da Psicanálise.

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