Antes de começar o texto, peço desculpas por escrever em primeira pessoa, isso é algo que dificilmente ocorre, mas neste caso é inevitável. Há dias ando me lembrando de algumas pessoas que fizeram parte de um período de minha vida, no entanto, hoje já não tenho mais notícias delas.

Essas lembranças me fizeram indagar por que isso aconteceu? Em que momento não tive mais conexão com elas? E mais, quando nos conhecemos? Sinceramente, não consigo responder essas perguntas.

Minhas melhores amigas na escola hoje não fazem parte de minha vida. Não tenho contato pessoal, apenas as redes sociais me “aproximam” delas, muitas constituíram suas belas famílias e tudo o que tínhamos em comum, hoje não passa de recordação. Nem sei se seus sonhos se tornaram realidade.

Os amigos da minha primeira infância, nem me lembro do nome de todos, foram se perdendo com o tempo. Amigos que conheci no tempo em que vivi fora do país hoje são uma bela recordação de tempos felizes.

Alguns amigos da faculdade ainda resistem ao tempo, assim como amigos de longa data, que nem me lembro como entraram na minha vida. Não os vejo com frequência, mas ainda existe conexão, pelo menos de minha parte.

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Outras pessoas chegaram mais tarde, e assim como apareceram se foram.

Estamos em constante transformação e isso é inevitável. Não se trata de virar as costas para aqueles que em determinado momento foram importantes ou até insubstituíveis, mas é a lei natural. Precisamos fazer escolhas, tomar decisões e isso nos leva a caminhos diferentes, que podem ou não se cruzar novamente.

Sou eternamente grata por todos os momentos que passamos juntos, pelas risadas, pelas brincadeiras, pelos sonhos que construímos em parceria, pela compreensão, pelas confidências trocadas e os segredos guardados a sete chaves, pelas brigas e desculpas pedidas.

Se hoje não me lembro mais de você, amigo(a), peço desculpas, mas tenha a certeza de que você foi importante em dado momento. E aos que entrarão na minha vida, sejam bem-vindos!




Bióloga e Microempresária. É colunista do site Fãs da Psicanálise.

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