Sentir-se rejeitado é algo doloroso e difícil de aceitar, mas mais comum do que imaginamos.

Muitas vezes, para não sermos rejeitados, traímos a nós mesmos. Fazemos determinadas coisas para conseguirmos a aceitação dos demais, quando por dentro queríamos agir de forma totalmente diferente.

Pouco podemos fazer para evitar que alguém nos rejeite, pois é comum que este sentimento surja no outro semque façamos nada. E, no geral, também não podemos fazer muita coisa para reverter a rejeição, pois esta costuma ter motivações íntimas, que muitas vezes as pessoas negam ou não conseguem enxergar, como a aparência, credo, cor, torcer para um time diferente, ter características que fogem ao padrão etc.

Em resumo, podemos ser rejeitados por sermos como somos, em aspectos que não queremos ou não podemos mudar.

Todos nós, em algum momento da nossa vida, rejeitamos e somos rejeitados, o que só acontece porque temos o poder de escolha e essa é a nossa maior liberdade, mas nem sempre percebemos desta forma e, em razão disso, sofremos.

Se alguém nos rejeita, não significa que somos ruins ou que temos menos valor, mas apenas que a outra pessoa não está sintonizada com o nosso desejo, naquele momento.

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Por isso, a rejeição não precisa ser motivo para vergonha, depressão, ou sentimento de menos valia. Ao contrário, se alguém é rejeitado pode significar que possui a capacidade de se envolver afetivamente em todos os aspectos: amor amizade, trabalho, parcerias.

Isso deve ser um conforto quando nossas esperanças esbarram no “não” do outro, que também tem seus motivos, mas na maioria das vezes desconhecemos. Caso contrário, pode-se entrar em um círculo vicioso de se fechar para os sentimentos, rejeitando e sendo rejeitado.

Não há, contudo, nada de estranho em nos sentirmos decepcionados quando somos excluídos ou privados do afeto de alguém que desejaríamos ter ao lado. Este sentimento doloroso faz parte de um processo interno para tentarmos entender as nossas limitações e a do outro.

Em um primeiro momento, diante de uma rejeição, a tendência pode ser de carregar nas tintas e ver tudo escuro, sem futuro, mas, se tivermos paciência, podemos aprender com a situação. Claro que ninguém gosta de ser rejeitado, porém, pode ser uma oportunidade de nos reinventarmos, termos um novo combustível para nos mover adiante, mudar o foco, conhecer novas pessoas e lugares.

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Quando o sentimento de rejeição partir de nós, temos a chance de buscar perceber o porquê de outra pessoa e suas atitudes nos incomodarem, nos causarem repulsa.

Esta reflexão pode nos levar a lugares que nem imaginamos, a conhecer aspectos de nós mesmos, como preconceitos e características que tentamos negar, além de ser fundamental para tentarmos seguir em frente quando não formos aceitos.

(Autora: Adriana – CVV Araraquara)
(Fonte: cvv141.blogspot.com.br)




A busca da homeostase através da psicanálise e suas respostas através do amor ao próximo.

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