O amor dos pais é luz para a nossa alma. É o porto mais seguro do mundo. Refúgio das guerras da vida, dos desastres emocionais e acalento para a solidão. Por isso, quando um filho não se sente amado por aqueles que o puseram no mundo, ele perde seu chão.

1 – Abandono

Abandonar é abrir um buraco na alma de um filho. Ele sente o abandono como uma incapacidade de ser amado, o que pode gerar uma pessoa autodestrutiva, que onde for, terá o ímpeto de repetir a mesma situação de rejeição que passou na infância, provocando e testando os limites das pessoas ao seu redor. Uma nova figura amorosa jamais fechará a lacuna de afeto que se abriu em seu coraçãozinho e que ali ficará para o resto da vida.

2 – Hostilizar

Hostilizar seu próprio filho é exatamente o contrário da forma como um pai deveria agir. Quando direcionamos raiva aos nossos filhos, estamos plantando amargura em seus corações. Nossos problemas nunca devem ser maiores do que o amor que temos por aquele ser indefeso que não pediu para nascer. Até porque é cientificamente comprovado que crianças que crescem em ambientes hostis têm maior tendência ao alcoolismo.

3 – Constranger

Fazer um filho passar vergonha é maldade, principalmente se for na frente dos outros. A criança que é exposta dessa forma, seja por suas particularidades ou pela própria falta de paciência dos pais, sente-se traída pela pessoa em quem ela mais confia no mundo. O bullying dos próprios pais é o que causa os danos mais severos na formação de personalidade de seus filhos, que crescerão inseguros e acreditando que são incapazes.

4 – Ser mau

Quando um filho sofre maldades de quem espera proteção e amor, seu mundo interior desaba. Uma sensação de impotência, de solidão total, pois, não tem para onde correr, já que, o vilão da sua vida é justamente quem deveria ser seu porto seguro. Sem entender, a criança sente-se culpada e pode tanto desenvolver atitudes autopunitivas e até ferir-se fisicamente, quanto aprender a mesma maldade dos pais, e espalhá-la pelo mundo.

5 – Gritar

Gritos não demonstram autoridade, mas sim fraqueza. Por isso, quando os pais berram com os filhos, a tendência é que eles passem a gritar de volta, ao invés de respeitá-los. Então, o ambiente familiar vira um local de gritaria, o que gera uma sensação de desafeto muito prejudicial para o desenvolvimento infantil. 6 – Menosprezar sentimentos

Quando um filho vai até seus pais para expor seus sentimentos, ele visa validá-los através das pessoas mais importantes da sua vida, portanto, se um pai ignora ou faz piada sobre o que seu filho sente, ele está ensinando à criança que os seus sentimentos não têm qualquer importância para o mundo, o que pode resultar em um complexo de inferioridade que será um peso na sua vida adulta.

7 – Ser abusivo

Seja de que forma, ter um pai e/ou uma mãe abusivos é um atentado à autoestima da criança. Interfere drasticamente e de forma negativa, no adulto que ela vai se transformar. São os abusos da infância os causadores dos maiores problemas psicológicos nos adultos. Principalmente aqueles que sofrem violência ou invasão íntima. Geralmente, pais abusadores criam filhos abusadores ou extremamente problemáticos. Ou seja, o abuso infantil é um crime tanto por lei, quanto emocional e um grande desserviço ao mundo.

8 – Ser ausente

A ausência causa uma defasagem de afeto. Como se o amor do pai fosse algo muito distante para um filho. Tem vezes, que é quase um abandono dentro de casa. Algumas crianças podem substituir a figura dos pais por babás ou outros membros da família com avós, tios ou irmãos mais velhos. Acabam se tornando laços muito fortes, mas não substituem o amor dos pais, apenas demonstram a deficiência deles em estar presentes. E quando essa criança vira adolescente, pode cometer pequenos delitos ou até crimes mais graves contra os outros e contra si mesmo, como forma de chamar a atenção dos pais e atrair sua presença.

9 – Dizer sempre sim

Pode não parecer, mas essa atitude é muito grave e pode desenvolver um adulto incapaz de se relacionar socialmente. Quando a criança aprende que tudo pode, ela fica despreparada para os “nãos” da vida, que serão muitos. Então, a cada frustração, nasce uma enorme sensação de impotência que pode levar a uma revolta ou ainda à violência e drogas. Por isso, ser um bom pai é também saber dizer não a um filho.

10 – Ensinar na marra

Jogar na piscina para aprender a nadar, deixar passando fome para valorizar a comida, dar uma surra. Essas são atitudes, aparentemente, de zelo, mas que escondem a crueldade dos pais. Com a desculpa moral da educação, tais pais inventam falsas boas razões para serem maldosos com seus filhos. E os resultados podem até ser aparentemente satisfatórios, mas por trás daquela educação toda, pode surgir um adulto com sérios problemas mentais.

Crianças que têm problemas de aprendizado, ou que na adolescência acabam por ter problemas de comportamento com drogas e promiscuidade, ou sérias dificuldades emocionais são, justamente, aquelas que tiveram uma infância prejudicada por pais que, em algum momento, substituíram afeto e proteção por alguma dessas posturas descritas acima.

É em casa que a criança tem suas primeiras experiências de vida, ela nasce crua e vai aprendendo sobre este mundo com os seus responsáveis. Então, se ela cresce num ambiente hostil, repleto de desafeto e egoísmos, é assim que ela verá o mundo e, por isso, levará para rua e para o novo lar que formar aquilo que aprendeu em casa ou as consequências do que sofreu com a displicência dos seus próprios pais.

Agora, se o ambiente familiar é composto por laços fortes e muito amor, os pais estão entregando para o mundo um adulto equilibrado e disposto a fazer o seu melhor em sociedade. Portanto, os pais devem amar seus filhos. Compreender, dar afeto. Jamais dividir com eles a carga de seus problemas. As crianças nada poderão fazer, além de se sentirem culpadas.

Quanto mais um pai ama e protege seu filho, mais orgulho terá do adulto que ele se tornará e, consequentemente, mais gratidão e amor o filho retornará aos pais. O futuro da humanidade não está nas mãos das crianças, mas sim, nas mãos dos pais que escolhemos ser hoje.




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