Estou solteira ha dois anos. Quando digo dois anos, são dois anos sem qualquer tipo de relacionamento. Cheguei a conhecer pessoas que atraíram minha atenção, entretanto, a chave do coração continua guardada para quando a pessoa certa chegar, destrancar a fechadura.

Aprendi muitas coisas nesse tempo, inclusive, coisas sobre mim que não sabia. Passei a me conhecer melhor. Descobri que relacionamento não é a principal razão para encontrarmos felicidade plena. Aprendi que relacionamento é complemento, e que quando for o momento certo, compartilharei minha felicidade com outra pessoa.

Aprendi a apreciar e encontrar felicidade nas pequenas coisas. Aprendi a desfrutar da minha própria companhia, me divertindo com as coisas que mais gosto de fazer. Tanto em família, quanto em rodinhas de amigos, ou até mesmo sozinha, aprendi a valorizar cada momento e vivê-los intensamente.

Aprendi a ser mais seletiva. Passei a entender o que espero de uma vida dois. Passei a me amar, e a me valorizar mais. Conclui que não mereço um romance para preencher vazios, e sim, um amor que venha para somar, e transbordar tudo que há de melhor dentro de mim.

Renovei minha , e hoje enxergo a vida com outra perspectiva. Descobri que Deus é o único autor de nossa história, e que não tenho controle sobre nada. Apenas sobre minhas ações para com o próximo.

Passei a priorizar sonhos que carrego junto comigo. Fiz uma lista de metas, e comecei a buscá-las incessantemente. Me joguei nos estudos, escrevi mais, li mais, trabalhei mais, e orei mais para que Deus conduzisse cada desejo que está em meu coração, e os realize conforme sua vontade.

Parei de ouvir o que as pessoas achavam que era melhor para mim, e passei a ouvir minha voz interior. Limpei cada cômodo do meu coração. Precisava reciclar sentimentos não correspondidos, expectativas criadas, e marcas de relacionamentos anteriores.

Cheguei no ápice mais gostoso da solteirice. Passei a entender que só iria encontrar alguém especial, quando aprendesse a me sentir especial mesmo sozinha.

Hoje, me sinto renovada. Com o coração regado de leveza e gratidão, agradeço o universo e ao dono dele pela mulher que me tornei. Gratidão.




Estudante de jornalismo, radialista por amor, escritora nas horas vagas. Adora dar boas risadas, costuma passar os domingos de pijama assistindo filmes e séries. Apesar de não curtir baladas, é incapaz de recusar uma rodinha de violão, e para pra cantar junto. Mesmo desafinada, garante que é simplicidade em pessoa. É colunista do site Fãs da Psicanálise.

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