Sem me ater muitos nos detalhes, adianto que, sem sombra de dúvida, este filme é inspirador e, mais, LIBERTA.

Somos apresentados a 8 personagens que facilmente encontramos no dia a dia. Seja em nossa história presente ou nas histórias de nossos antepassados. Todos estão, de alguma forma, conectados e, na bizarra brecha entre tempo e espaço, se correlacionam, o que é totalmente plausível porque, nós, estúpidos, absortos em nosso próprio enredo, ignoramos a constatação de que, CADA pessoa que encontramos nesta jornada louca que é a vida, leva um pouco de nós, traz um pouco de si e , por fim, ainda que nos deixem, seja por escolha própria ou por ter terminado seu capítulo da vida , continua em nós, tornando- se não somente a história dela ou a sua, mas, a NOSSA.

Somos breves. E eu, me entristeço quanto a isto porque, talvez por ter passado por tantas perdas que me deixaram feridas que ainda latejam, me apego a pessoas que só estão de passagem…

É estúpido, sabe? Porque ninguém é seu de fato. Somos cidadãos do Mundo. E a nossa respiração um. dia irá nos deixar, assim como apressamos nossos pés para largar uma vida e corremos em direção a outra na intensa perseguição pela felicidade. Tolos …A felicidade e a tristeza, estão entrelaçadas desde o exato momento em que, saídos do ventre, escutamos o som ainda confuso para nós da voz de nossas mães, enquanto, ainda zonzos por termos sido arrancados do aconchego do nosso primeiro lar, abrimos os olhos ,para podermos VIVER, enquanto, MORREMOS. Um perfeito paradoxo. Sim, tolos, estamos morrendo desde que nascemos. E, narcisos, achamo- nos imortais.

Não nos lembramos do esforço dos nossos pais para nos ensinar a dar os primeiros passos e prosperar, não nos lembramos de todas as vezes que fomos ingratos , não nos lembramos de todas as vezes que magoamos alguém a quem declarávamos admirar, não nos lembramos de todas as vezes que escolhemos IGNORAR alguém que sabia desinteressadamente nos AMAR.

Como é que você explica uma tragédia? Como você explica uma paixão? Quando se dá conta, já era! E não há nada que você possa fazer para mudar o fato de que, certos encontros, não possuem explicação.

Eventos cataclísmicos em sincronicidade ao redor do mundo são mais fáceis de explicar. Mas, quando se trata de seres humanos e suas idiossincrasias, Vida, Morte, é impossivel racionalizar. Finalizo dizendo que, mais do que honrar nosso EGO, é heróico nos permitirmos viver a história que nos foi apresentada.

Porém, se porventura formos castigados ao desenrolar da trama, SEMPRE teremos como amassar o papel, jogar na cesta do lixo, e, com a permissão dos antigos personagens, aqueles braços que não abandonaram a história do início ao meio do filme ,ou, quiçá, com a breve ou permanente introdução de novos personagens, redigitar o texto, apresentar para o diretor e, com sorte, ser o Protagonista de seu próprio filme, que será exibido, perpetuamente, na grande tela de seletas e marcantes mentes. As personagens Abby e Isabel, são Wonder Womans.

Isabel, ainda que não possa parecer, teve mais sorte. E ela, grata e resiliente, nos dá a lição MAIS IMPORTANTE. Aceitar que, chorar e sorrir, SEMPRE constituirão “A Vida em Si” .

Linda vida a você, que vai ler hoje, amanhã ou sei lá quando. Minha parte, eu estou fazendo. Replicando o que, de fato, importa. Todos temos medo. E sempre teremos. Não sabemos como será nosso futuro. Mas, o presente, é nossa única garantia. Por isto se chama PRESENTE. Abra. Se não gostou, ainda dá tempo de trocar. Ouse! Viva! Acrescento que escrevo este texto não com os dedos, eles não conseguiriam exprimir o que sinto. Escrevo com o coração.




Sou jornalista de espírito vintage, que ama compor músicas ,pintar, e escrever sobre assuntos voltados à compreensão das relações humanas e da profundidade da alma. Acredito que as duas maiores forças que possuem o poder de mudar o nosso dia a dia são o Amor e a Empatia. Grata por compartilhar com vocês esta jornada.

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