Com bastante frequência, ouço histórias de casais que, com o passar dos anos, começam a se queixar de uma vida sexual sem graça, uma rotina estressante, finais de semana monótonos… Invadidos por uma nostalgia, relembram a vitalidade dos primeiros anos do relacionamento e percebem os primeiros sinais do tédio.

Alguns casais, preocupados com essa situação, se esforçam para reascender a chama que um dia existiu. Outros, mais conformados, escolhem seguir a vida, acreditando que é só uma fase difícil. Também existem aqueles que, insatisfeitos, jogam a toalha e partem para novos relacionamentos, buscando a paixão e intensidade perdidas.

É interessante observar como a disposição dos casais para investir na relação diminui com o tempo. Depois da conquista inicial do parceiro, os dois, mais acomodados, passam a dedicar grande parte de sua energia a outros interesses, porque se sentem seguros de que tudo vai correr bem na relação. Infelizmente, isso não existe! A relação precisa ser cultivada um dia após o outro.

Geralmente estressados, consumidos pelo excesso de trabalho, pela chegada dos filhos, por problemas em casa, na família – uma lista interminável de coisas a fazer – , as pessoas acabam deixando, pouco a pouco, os parceiros de lado. Conhece aquela velha história de que tudo na casa gira em torno das crianças? Ou casais que vivem para o trabalho e não conseguem encontrar tempo para relaxar e namorar um pouquinho? É exatamente isso que acontece muitas vezes.

Esses casais, exaustos por tantas demandas, acabam se afastando. E aí se sentem frustrados e solitários – até deslocados – dentro da própria família. Esther Perel, importante nome na Terapia Conjugal, diz que ”hoje, os casais estão muito ocupados, muito estressados, muito envolvidos na criação dos filhos e muito cansados para transar”.

Mas como consertar isso? Como o romance pode voltar a fazer parte da nossa vida?

Uma coisa que os terapeutas recomendam para muitos casais é criar um espaço exclusivo para eles – livre de cobranças e exigências. Um lugar em que eles possam se conectar mais um com o outro e melhorar a sua relação no dia-a-dia.

Mas para fazer isso, os dois precisam cuidar bem do relacionamento: dedicar-se ao parceiro, cultivar o diálogo, boas risadas, saber ouvir. E os pequenos gestos também fazem a diferença: elogiar, olhar, beijar, seduzir. Saber dar sem necessariamente receber.

E tem mais: dedicar-se ao parceiro não é esquecer sua própria individualidade. Mantenha seus projetos próprios, corra atrás dos seus objetivos, separe um tempo só para você, cuide-se sempre! O segredo é: colocar um pouco da sua energia em si mesma e na relação com o seu parceiro.

(Autora: Anna Frimm)

(Fonte: zenklub)

*Texto publicado com a autorização da administração do site.




A busca da homeostase através da psicanálise e suas respostas através do amor ao próximo.

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