Os anos vão passando e assim aumentam também as responsabilidades.

A gente tem que atuar como adulto num mundo cada vez mais voraz. Há uma cobrança transmitida por osmose a cada um, impondo que é preciso ser bem sucedido. Os infortúnios são editados nas redes sociais, porque é preciso passar a imagem de que tudo é um mar de rosas, não é mesmo?

A todo o momento nos impõem que sucesso, seja na carreira, casamento, ou nos bens materiais, deve ser atingido antes dos 40 anos (numa margem até otimista, vai?). Depois você está velho demais. Você é quase uma carta fora do baralho. Não tem mais “serventia”. Será que esta crueldade é uma cobrança justa para nós mesmos?

Recebi um vídeo pelo WhatsApp. Nele, o chinês Wang Deshun conta um pouco de sua trajetória. É de cair o queixo.

Leia mais: Como começar do zero independentemente da idade que tiver

Aos 79 anos, ele desfilou numa passarela, exibindo um físico invejável, o que acabou projetando sua imagem ao mundo todo. E olha que ele começou a malhar quando tinha 50 anos e a estudar inglês aos 44.

“Quando você pensar que é tarde demais, tenha cuidado. Não deixe que isto seja desculpa para você desistir. Ninguém pode impedi-lo do sucesso, exceto você mesmo”, diz o chinês.

Tudo na vida tem a hora certa para acontecer (e pode ser que não seja aos 20, mas aos 50, ou aos 60 anos). Mas é preciso continuar caminhando e, sobretudo, acreditando no nosso potencial.

Leia mais: Decidi que o resto da minha vida será a melhor parte da minha existência

Ninguém é igual a ninguém e todos têm um dom único, com uma capacidade inigualável de fazer algo. E fazer algo diferente. Algo transcendental.

Desistir dos sonhos é deixar esta crueldade (de enxergar-se diminuto num mundo tão grande) vencer. Dê vazão às suas habilidades. Cresça em si mesmo. E ocupe o seu espaço. Que é único. E é seu. Namastê!




Mônica Kikuti é cronista e colunista do site Fãs da Psicanálise.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui