“Acordei hoje com tal nostalgia de ser feliz. Eu nunca fui livre na minha vida inteira. Por dentro eu sempre me persegui. Eu me tornei intolerável para mim mesma. Vivo numa dualidade dilacerante. Eu tenho uma aparente liberdade mas estou presa dentro de mim…” Clarice Lispector, in ‘Um Sopro de Vida’

Quando percebemos que a vida junto de outras pessoas não está bem, começamos a questionar a nossa liberdade. Podem ser filhos, marido, esposa, companheiros no trabalho… quando algo nos fere, ou nos escraviza, ou ainda quando alguma coisa dentro de nós foi quebrada, é hora de dizer adeus.

A respiração fica pausada, sentimos falta de ar, um ar nosso, para podemos desfrutar da vida do modo como achamos melhor. Estamos sufocados emocionalmente e só restam duas palavras que mudariam completamente o nosso plano mental: liberdade emocional.

Acontece que ainda há apego e nos agarramos à vida antiga mesmo sabendo que precisamos de uma nova vida. E são nesses momentos que nos sentimos fracos, pois ainda a liberdade que queremos está muito distante da realidade que temos.

Então nós continuamos com a vida de antes, tentamos novamente que tudo dê certo, mas de repente ouvimos um conselho e essa frase faz todo sentido: “a melhor maneira de ser feliz com alguém está em aprender a ser feliz sozinho”. E a companhia dos outros e a vida em comum passa a ser uma escolha e não uma necessidade. Entendemos que a chave para conquistar a liberdade emocional está na livre escolha, trocando o “eu preciso de você na minha vida” por “eu prefiro você na minha vida”.

Parece mágica, a partir da consciência dessa mudança de frase, passamos a mudar a nossa atitude. Abrir mão dos sentimentos de posse, nos ajuda a ter liberdade para continuar com nossas antigas escolhas através da liberdade de que as desejamos, de que essa é uma escolha consciente.

Não ter que possuir algo é a melhor experiência que podemos ter de liberdade. O apego a algo significa, de alguma forma, ter que vivenciar a escravidão emocional, ainda mais se a nossa autoestima depender de algo ou alguém para estar estável. A necessidade de elogios, de carinho, de reconhecimento, de segurança ou de atenção faz com que alguém se torne dono da história de vida que traçamos.

Damos poderes para que os outros nos prejudiquem, nos machuquem, quando nos tornamos reféns das opiniões e ações dessas pessoas. Ninguém pode nos ferir sem que a gente permita, o nosso equilíbrio emocional tem que estar baseado em assumir as nossas próprias escolhas e sermos os responsáveis pela nossa própria autoestima.




Desde que começou os estudos em Psicanálise e Psicoterapia, a jornalista, bacharel em Direito, mestre em Ciências Naturais pela Unicamp e doutoranda em Psicologia pela UCES Natthalia Paccola levanta uma premissa sobre a sua vida profissional: nunca aceitaria rótulos ou doutrinas acadêmicas. Mas é claro que sofre influências de vários pensadores. Sua grande fonte de inspiração como autoridade em levar Luz para o Bem através de mídias sociais, no entanto,  tem sido os seus próprios seguidores, cerca de 10 milhões que passam semanalmente pela sua Fanpage, Grupos, YouTube, Site, Instragram ou Twitter.

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