Em Portugal, estudo que ouviu quase 1600 médicos da zona Centro concluiu que os maiores problemas ocorrem sobretudo entre os que trabalham mais tempo e no Serviço Nacional de Saúde.

A Seção Regional do Centro da Ordem dos Médicos diz que os resultados agora divulgados devem ser um “aviso sério” ao Ministério da Saúde que tem de encontrar “novos modelos de organização” dos hospitais e centros de saúde.

O estudo a que a TSF teve acesso revela que 40,5% dos médicos da região sofrem de um elevado nível de exaustão emocional, 17,1% de desinteresse e 25,4% de falta de realização profissional.

Problemas que afetam mais as mulheres do que os homens.

Os sintomas anteriores são sinais do chamado síndrome de burnout.

Ou seja, uma exaustão física e emocional, perda de interesse e frustração, comum entre quem trabalha em condições exigentes e stressantes que ultrapassam as capacidades pessoais, afetando o desempenho profissional e a vida pessoal.

O estudo conclui ainda que aqueles que trabalham de noite têm mais sinais de burnout e menos realização profissional, bem como os que trabalham no serviço público de saúde (SNS).

Finalmente, 24,5% dos inquiridos obtiveram uma pontuação elevada na escala de depressão, enquanto 16% sofrem de ansiedade e stress.

No caso da depressão, 16,3% sofrem-na de forma moderada, 4,9% de forma severa e 3,3% de forma muito severa.

Na divisão por idades, os médicos mais novos (26-35 anos) são os que apresentam valores mais elevados de despersonalização e menos realização pessoal. Quem tem entre 36 e 45 anos apresenta mais sinais de exaustão.

Naturalmente, quem trabalha mais horas, nomeadamente mais de 40 por semana, e está ao serviço de noite, apresenta mais problemas deste tipo.

(Fonte: tsf.pt)

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