A primeira vez que eu disse para alguém, não foi com convicção, foi um “Eu acho que eu te amo”.

Pouco tempo depois percebi a importância deste “acho” e o quanto ele é crucial para o futuro de uma relação. Desde aquele dia, prometi para mim nunca mais dizer isto sem ter certeza do que estava sentindo.

Sabemos o poder que ela tem se cai em ouvidos errados. Sabemos o quanto tornamos refém alguém que gosta de nós se falamos apenas para agradá-lo. Por mais egoísta que pareça, algumas pessoas dizem por pura vaidade de ouvir de volta, estranho assim.

Eu percebo que, cada vez mais, as pessoas utilizam sem responsabilidade um “te amo”, criando ilusões e expectativas a quem leva a sério o peso dela. Há quem diga sem sentir, há quem se contradiga sem dizer. Para mim, declarar-se assim significa dizer ao outro que está disposto, apesar de qualquer obstáculo.

Acho que uma das piores coisas que nos pode acontecer no amor é tornar-nos presos a pessoas com meias verdades, que carregam na garganta um pseudo “te amo”, pronto para ser lançado a qualquer momento e pessoa. Pior que isso, é tornar-nos aquelas pessoas.

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Eu me considero egoísta com as minhas palavras, talvez por isso eu perca algumas pessoas. Eu guardo as palavras mais bonitas para quando meus sentimentos se aflorarem com convicção e quando a vontade de amar transborde. Eu guardo os meus “te amo” para alguém que esteja guardando os seus também.

Daqueles que não se desmancham com facilidade, que não se perdem em cada esquina, que não são ditos no calor da hora, nem com segundas intenções a não ser amar. Daqueles que sabemos que não serão ouvidos por qualquer pessoa, que nos fazem sentir especial por ouvi-los e por dizê-los.

São poucos, são raros, mas são sinceros.

(Autor: Francisco Galarreta)

(Fonte: antesdasobremesa)

*Texto reproduzido com autorização da administração do site parceiro.




A busca da homeostase através da psicanálise e suas respostas através do amor ao próximo.

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