Todos temos um lado sombrio, que pode ser cheio de medos, mágoas, ressentimentos, sapos engolidos, invejas, pensamentos e sentimentos ruins. Reconhecer e explorar a parte não positiva da nossa personalidade possibilita nos libertarmos do que não nos faz bem, sermos menos limitados e perfeccionistas, compreendermos melhor as pessoas e evoluirmos como seres humanos.

Todos temos um lado sombrio. Ele pode ser cheio de medos, de mágoas e ressentimentos, de sapos engolidos que foram se acumulando, de invejas e de pensamentos ou sentimentos ruins. Para alguns, ele é grande e assombroso, para outros, pequeno e facilmente administrável. Todavia, ele precisa ser visto, reconhecido, explorado e constantemente trabalhado.

Ignorá-lo significa conviver conosco sem nos conhecermos por completo, sem conseguirmos nos compreender efetivamente e coordenar de modo eficiente nossas ações, até mesmo sem saber do que somos capazes em momentos adversos.

Necessitamos, primeiramente, aceitar que temos uma sombra. Após, precisamos olhá-la de frente e desvendar suas nuances. Examinar cada detalhe, cada razão, cada efeito. Provavelmente, esta não é uma tarefa rápida, nem simples, por isso precisamos estar dispostos a nos autoconhecer verdadeiramente.

Carecemos nos dedicar a nós mesmos e olhar efetiva e amorosamente para dentro. Não para nos julgamos ou punirmos, mas para nos compreendermos e crescermos.

Especialistas garantem que a simples ciência da situação já possui um efeito terapêutico considerável. Melhor ainda se conseguirmos ir liberando, aos poucos, os excessos do nosso lado sombrio. Para isso, há diversos meios que podem ser adotados, tanto sozinhos como com o auxílio de terapeutas.

Conseguir nomear nossos sentimentos e tomar conhecimento da natureza da nossa sombra nos ajudará, indubitavelmente, a nos tornarmos seres melhores. Poderemos perceber, por exemplo, que a nossa implicância com aquela determinada pessoa, na verdade, é uma bela invejinha. Que uma mágoa boba do passado com um familiar, esquecida mas não superada, impede que com ele nos relacionemos de modo harmonioso.

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Constatar que certos pensamentos obsessivos e medos sem fundamento só nos fazem sofrer, possibilita que procuremos nos libertar deles. Assim, vamos nos trabalhando para mudar a perspectiva sobre o que não nos faz bem.

Assumir e explorar a parte não positiva da nossa personalidade pode significar, afinal, rendição. Reconheceremos que não somos perfeitos e que precisamos, diuturnamente, buscar meios de nos autodescobrir e, consequentemente, nos aperfeiçoar.

Além de permitir nossa evolução, a assunção do nosso lado sombrio faz com que sejamos seres menos limitados, que compreendem, também, o lado sombrio dos outros.

Sem ser tão perfeccionistas, pois, seremos pessoas mais livres e iluminadas.

“A próxima fronteira não está somente à sua frente, ela está dentro de você.”
(Robert K. Cooper)




Servidora pública de profissão, escritora de coração. É colunista do site Fãs da Psicanálise.

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