O tempo, como defini-lo? Seria simplesmente dizer que é a soma de segundos que viram minutos? Ou os minutos que se transformam em horas? Ou ainda que se divide em dias e noites ou poderíamos dizer que se transformam em dias, meses, anos… E o que você tem feito com seu tempo?

O relógio faz tic tac e a vida vai passando. No tic éramos crianças pequeninas e indefesas, cercadas de cuidados, no tac dávamos nossos primeiros passos e aprendíamos a falar. E assim como as ondas do mar, o tempo continuou seguindo sem parar. E quantas primeiras vezes não é mesmo? O primeiro dia de aula, a prova, os amigos, as surpresas e também algumas tristezas. Porque crescer nem sempre é fácil. E a infância que por muitas vezes parecia que duraria para sempre dá lugar a adolescência.

Lá descobrimos nossos primeiros amores e desamores, tudo é tão intenso e ao mesmo tempo tão frágil. A menina que deu lugar a moça, as bonecas que deram lugar aos diários e as conversas intermináveis com as amigas. Os romances são os livros preferidos, mas nem tudo na vida real é como nos contos de fadas. As decepções chegam como as chuvas de verão, vem de repente e muitas vezes fazem a maior bagunça. Mas e o tempo, ah, esse não para! E a adolescente dá lugar a mulher, essa que trabalha, que vai para faculdade, que se relaciona e que busca o seu lugar ao Sol. Que quer ser independente, mas ao mesmo tempo continua esperando que o príncipe encantando surja em um cavalo branco, mesmo que muitas vezes não tome consciência disso.

Tudo anda tão rápido, são tantos compromissos que muitas vezes não nos damos conta de viver o presente. Algumas acabam sofrendo as dores de não ter vivido o passado, seja ele na infância ou adolescência. Outras passam a vida planejando o futuro. E o seu tempo, o que tem feito dele? Viver o presente de maneira saudável é perceber que o passado nos dá subsídio para agirmos de maneira mais assertiva, mas claro, sem nos colocarmos como seres perfeitos que não erram jamais. Porque o aprender é diário, e isso é maravilhoso!

Quanto ao futuro, é bom planejarmos, mas não se torne refém disso. Muitas vezes as melhores coisas na nossa vida podem aparecer de surpresa. Não seja refém de seu relógio, aproveite da vida todas as experiencias que ela te proporcionar. Nem sempre você viverá num mar de rosas, mas tudo bem, assim irá aprender a ser flexível e resiliente em meio as adversidades. E se quiser chorar, chore! Você não precisa ser a Mulher Maravilha. Ela cabe muito bem nos filmes, mas na vida real a maior aventura que podemos trilhar é a caminhada na estrada do autoconhecimento, seguindo as placas com destino a autorrealização apreciando as paisagens da felicidade e superação.

Imagem: Seth Macey




Psicóloga. É colunista do site Fãs da Psicanálise.

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