Eu já perdi muitas pessoas durante a minha história e acredito que você também, em várias situações, em várias intensidades. E hoje falaremos um pouco sobre elas.

Há pessoas que simplesmente surgem no meio do caminho, constroem sentimentos no coração e vão embora.

A falta é gigante e você muitas vezes nem lembra o nome dela ou dele.

Isso acontece comigo. Pessoas com quem já cruzei em um dia complicado e mesmo assim me fizeram rir. Outras com as quais compartilhei o mesmo espaço do avião e que enfrentaram a mesma fila que eu e me preencheram de esperança com uma história boa, mostrando o lado bom de estar ali.

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Elas aparecem e depois somem, deixando rastros de uma saudade desconhecida.

Já outras perdas que são mais duradouras. Pessoas que ajudaram a construir quem você é hoje, quem você se tornou e que, de repente, se vão.

A vontade que temos de estar novamente junto a elas, muitas vezes, nos arrasta para o nosso passado. Ficamos presas, acorrentadas a lembranças que não são mais parte do presente, mas que são necessárias para construir o nosso futuro.

Há perdas que são necessárias, como das pessoas que precisamos deixar para trás a fim de seguir em frente. Para essas, o adeus é sempre bem-vindo.

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Em todas essas situações, a perda é relativa. Quantas pessoas eu já não posso mais ter contato, mas vivem no meu dia-a-dia, acalentam minhas lembranças e inspiram-me nas decisões futuras?

Pessoas que já se foram, pessoas que nunca mais verei, mas que vivem em mim. Elas me aconselham. Acolhem-me nas lembranças de momentos inesquecíveis.

Quantas vezes já as senti muito mais presentes do que quando realmente estavam?

Mas, quantas pessoas também vivem comigo e já se foram há muito tempo? Ou as que não vivem em mim, não são parte do meu destino e são apenas uma fração do que a minha vida será. Vale a pena o presente com elas?

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A perda é constantemente escolha e acaso, e eu explico o porquê: ela faz parte do jogo da vida, faz parte do ciclo.

Você sempre vai perder pessoas. Isso não é sua escolha, então acalme seu coração. Mas você pode escolher quem viverá contigo e quem você quer no seu coração, nas suas escolhas. E essas pessoas não se vão. Elas vivem em você, onde quer que você esteja. E isso nunca se perde.

A vida lhe dá o poder de escolher, dentre as perdas que temos, aquelas que valham a pena e aquelas que queremos guardar para a nossa vida.

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Por isso, menina, não lute contra o destino. É um jogo perdido.

De qualquer modo, aprenda a construir seu presente com pessoas que farão boas lembranças dele. E resgate, a todo momento, aqueles que um dia estiveram presentes e que hoje são um pedaço de você.

*Texto publicado originalmente por Carolina Alves no Site Lado M e reeditado com autorização do administrador




A busca da homeostase através da psicanálise e suas respostas através do amor ao próximo.

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