Estamos cansados de saber que as pessoas confundem o amor com a paixão. O que nem todos sabem é que confundimos também o amor com o amor por ele mesmo.

O amor, por ele mesmo, é desejar a felicidade do outro ainda que não seja ao nosso lado; é entender que a vida é cheia de circunstâncias e que as pessoas têm necessidades diferentes; é deixar o ciúme de lado em prol de um sentimento muito mais genuíno.

É respirar fundo e sentir o sorriso de nosso par como se fosse o nosso próprio sorriso; é entender que a liberdade não é algo que alguém concede a outrem e sim algo intrínseco a todo ser humano. É não magoar a pessoa amada, pois as suas lágrimas serão nossas também; é saber viver em harmonia, caso seja possível e, não sendo, é doar àquele a quem amamos o tempo de solidão necessário para que a vida se reajuste.

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O outro amor, embora possa ser verdadeiro, é vencido pelo apego, pelo ciúme, pelas discordâncias e competições. É de início um sentimento bonito e sincero que vai se esvanecendo em algo vazio e convencional até o ponto de não mais nos lembrarmos dele.

O amor, por ele mesmo, não é para qualquer um. Requer um sentimento superior de estado d’ alma que a maioria de nós não consegue atingir. Mas é algo que nos faz tão bem, é tão mágico, tão libertador, que não existe nada mais atraente para as nossas pobres almas cansadas de não saber amar.

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Mestre em Direito Constitucional. Autora do livro "O empregado portador do vírus HIV/Aids". Criadora do site pausa virtual. "Buscando o autoconhecimento, entendi que precisava escrever sobre temas universais como a vida, o amor e a fé". É colunista do site Fãs da Psicanálise.

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