É muito comum, nas nossas relações, ao discordarmos de alguém, não discordarmos do que a pessoa falou, mas daquilo que o nosso nível de consciência conseguiu interpretar daquilo que a pessoa falou.

Em geral, não ouvimos verdadeiramente os outros, pois estamos brigando e projetando nossos próprios fantasmas internos nos outros.

Para ouvir de verdade é preciso se conhecer, meditar, silenciar o ego. Na maioria das vezes, não fazemos isso, apenas projetamos nossas crenças naquilo que foi dito e distorcemos completamente o que foi falado.

Esse problema piora quando o comunicador não é claro ao falar e dá margem à ambiguidade. Entretanto, muitas vezes, o comunicador é muito claro, didático, exemplifica, desenha e ainda assim há quem interprete errado, porque o nível de consciência dessa pessoa não alcança aquela explicação, naquele momento. E tudo bem, cada um está fazendo o melhor que pode.

O importante é o comunicador continuar se expressando de forma clara e empática, independente das possíveis interpretações que poderão surgir. Afinal, não há como se controlar o que outras pessoas irão interpretar já que vivemos num mundo de consciências heterogêneas.

As pessoas sempre vão entender o que quiserem daquilo que foi dito. Quem vai entender aquilo que é, será apenas aquele que, de fato, será capaz de ouvir o outro de coração aberto, sem projetar suas questões pessoais no que foi dito, com profunda empatia e conexão.

É nesse momento que um diálogo, e não uma disputa intelectual, acontece. O foco, nesses casos, é na cooperação, no aprendizado mútuo e não na imposição de ideias. Com amor, leveza e alegria.

(Autora: Gisela Vallin)

(Fonte: giselavallin)

*Texto publicado com autorização da autora.




A busca da homeostase através da psicanálise e suas respostas através do amor ao próximo.

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