Muito se fala de “ficar centrado”, ou se sentir falta de harmonia na vida. Mas o que significa isso? Qual seria o “centro” que precisamos encontrar? Precisamos entrar em harmonia com o quê? Aqui apresentarei uma dica prática para lhe ajudar neste sentido.

Quando falamos de nosso centro, estamos falando de nossa essência, o que está dentro de nós, não é mesmo? E aquilo que está dentro de nós é o nosso propósito, tanto no material como no espiritual. Ficar centrado, portanto, é viver seu propósito, ou na linguagem que uso, viver seu dharma. Ou, mais precisamente, seus dharmas, no plural. Eu vinculo os sete dharmas com os sete chakras.

Aqui estão os sete chakras, seus nomes sânscritos e como se relacionam com os sete dharmas.

1. Chakra raiz (muladhara) – dharma vocacional. Sua vocação é a raiz de quem você é, formando a base de sua contribuição nesta vida.
2. Chakra do sacro (svadhisthana) – dharma natural. Este chakra representa seu bem-estar físico. Seu dharma natural é a chave para seu bem-estar físico.
3. Chakra do plexo solar (manipura) – dharma ocupacional. Este chakra representa seu poder e determinação. Seu trabalho é a expressão mais visível de seu poder pessoal.
4. Chakra cardíaco (anahata) – dharma pessoal. Este chakra é associado ao amor e aos relacionamentos, de modo que representa perfeitamente nosso dharma pessoal.

5. Chakra da garganta (vishudha) – dharma comunitário. Este chakra tem associação com a auto expressão e comunicação, com sua voz. O princípio básico da vida em comunidade é que cada pessoa tem voz para expressar seus interesses e necessidades, a fim de que, juntos, a comunidade possa concordar com regras e metas em que se basearem.
6. Chakra da terceira visão (ajna) – dharma universal. Este chakra representa sabedoria e intuição. O dharma universal representa o comportamento daqueles que são sábios e compassivos, que conseguem ser sensíveis às necessidades até mesmo daqueles que vivem muito longe.
7. Chakra da coroa (sahasrara) – dharma espiritual. Este chakra é ligado à espiritualidade, em razão do que representa perfeitamente o dharma espiritual.

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Estar centrado, portanto, significa que a cada momento da vida você está ativando um ou mais dos acima mencionados dharmas no aqui e agora. Pois não tem como viver seu dharma se sua mente está fora de controle, ou, para usar de novo a linguagem do Caminho 3T, se você não está praticando mindfulness.

Quando estamos com a mente girando inutilmente, saímos do nosso centro e perdemos contato com nossa essência. Tão logo sua mente escapa para o passado em lamentação ou para o futuro em fantasia que será feliz depois, você perdeu contato com a realidade, e com isso, contato consigo mesmo. Neste estado começar a sentir a desarmonia entre sua mente e a realidade, entre sua experiência da vida e sua natureza real.

Portanto, aproveite que temos esta habilidade natural de sentir quando estamos centrados e quando estamos em harmonia com a realidade. Observe este alerta interno de que algo está errado e corrija em três passos:

1) trazendo sua mente para o aqui e agora, se necessário com algumas respirações profundas,

2) sintonizando-se com seu dharma ou dharmas que devem estar ativos neste momento e

3) aplicando-se com foco total na ação e estado mental necessário para cumprir seus dharmas.




mestre espiritual brasileiro e autor de livros de auto-aprimoramento e autorrealização em yoga. Seus ensinamentos podem ser vistos em palestras, livros e vídeos gratuitos na internet e ao vivo no Yoga Resort e Fazenda Retiro que fundou na Chapada dos Veadeiros, o Paraíso dos Pândavas. O foco de seus conhecimentos é o Caminho 3T, onde ele transmite centenas de dicas, fatos e técnicas testadas pelo tempo e confirmadas pela ciência para o autoaperfeiçoamento. Seus ensinamentos podem ser encontrados em seu site, através de seus vídeos, frases no Instagram e livros.

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