Descobri que quanto mais me livro das mágoas, mais a vida me sorri! Que quanto menos crio expectativa mais livre sou pra viver meu destino.

Descobri que antes de orar preciso aprender a perdoar. Que antes de julgar preciso repensar as coisas que sou e o que também fiz.

Descobri que quanto mais eu me anulo, menos eu aprendo, menos sinto, menos ganho em vida.

Descobri que existe um jardim pra cada um. Floresce quem cuida e não planta em si mesmo erva daninha. Que não existem fórmulas mágicas pra gente não envelhecer. Que a juventude vem e passa. Que o tempo sempre irá nos consumir de alguma maneira pro lado bom ou ruim.

Que o por fora pode ser repaginado, mas o que vem de dentro precisa ser constantemente lapidado e alimentado para que não morra de tédio, solidão ou tristeza. Cuidar do espírito é cuidar do coração da alma.

Que lutar pelos ideais é travar uma batalha diária consigo, com os inimigos invisíveis e os de corpo presente, que não conseguem e nem querem ver a felicidade de ninguém.

Descobri que para acordar para vida é preciso adormecer e sonhar. É preciso sorrir. É preciso saber viver e sobreviver.

É preciso abdicar de algumas coisas, fazer escolhas e encarar as que se decidiu levar adiante.

É deixar saudade, é não querer passar ninguém para trás. É trazer pra mais perto de si a intensidade a velocidade dos sentimentos que imperam quando o coração se abre para novas descobertas e conquistas.

Descobri que a calma ajuda a pensar melhor, que a violência à agressividade não traz paz na vida de ninguém. Que o ser humano tem que aprender a ser mais humano e que ser bom não é rótulo. É essência. Ter caráter não é prêmio e sim obrigação moral.

Que não adianta clamar por Deus somente na hora em que o desespero bate à porta. Que fé tem que ser arraigada no dia a dia.

Que caridade salva, que união agrega e que é preciso ser humilde e ouvir quem entende mais da vida.

Descobri que muitas feridas secaram cicatrizaram e que segui carregando minha caixa de curativos para uma eventual emergência. Segui carregando o necessário.

Que o simples que habita, convive melhor com o que é de verdade, com quem sabe que o pouco muitas vezes preenche certas lacunas e nos traz a sensação de liberdade e luz.




Paulista, libriana. Escritora. Autora do Livro Amor Essência e Seus Encontros - Editora Penalux. Com seu jeito simples, enxerga a vida por um ângulo mais íntimo. Debruça-se sobre as palavras, e gosta de ser. Ser alguém que aqui veio para deixar um pouco de si com um muito de sensibilidade e imaginação em meio às coisas que escreve e sente. Deus a colocou onde deveria estar. Em meio às palavras, sensações e seus encantamentos. É colunista do site Fãs da Psicanálise

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