Parece simples pedir ajuda, mas muitas pessoas resistem a isso.

Pedir ajuda pode representar não só assumir a própria fragilidade, como a exposição dessa fragilidade para outras pessoas. Muitos não querem isso, é incômodo aceitar a própria fragilidade em um mundo feito para fortes.

Além disso, pessoas aparentemente fortes, ou que se percebem mais predispostas a ajudar do que receber ajuda, podem ter dificuldades em trocar de papel e aceitar auxílio.

A falta de flexibilidade pode levar a uma sobrecarga de tarefas e, no íntimo, muitos dos que ajudam desejam ser retribuídos, querem receber ajuda para aliviar a carga.

Vejo na prática que pessoas aparentemente mais frágeis e que pedem ajuda com mais naturalidade, por muitas vezes se restabelecem e superam desafios mais rapidamente do que pessoas aparentemente mais fortes e que resistem a solicitar auxílio.

O que ganhamos quando pedimos ajuda

Todo mundo precisa de ajuda em algum momento da vida, não existe ninguém que não precise de socorro ao longo da caminhada, o que acontece é que nem sempre pedimos ou aceitamos. Às vezes, as pessoas que nos querem bem percebem a nossa necessidade e se aproximam, mas se não admitimos a necessidade de apoio, podemos desperdiçar esses valiosos recursos que a vida nos dá.

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Pedir ajuda, em quaisquer situações da vida: no trabalho, na saúde, na família, pode trazer grande alívio. Podemos dividir o fardo de algumas situações e não precisar “carregar” tudo sozinho, nos permite ouvir palavras acolhedoras, encontrar novas formas de enfrentar uma situação que aparentemente não tem saída, ganhar novo ânimo, receber um ombro para descansar nossas preocupações e superar desafios.

Quando pedir ajuda

Primeiro perceba a si mesmo. Se já empregou todas as suas possibilidades e não conseguiu mais caminhar sozinho em determinado assunto, é hora de fazer esse gesto de generosidade consigo mesmo e pedir ajuda.

Nesse caminho podemos contar com vários tipos de ajuda, algumas delas são:

– A ajuda no plano pessoal: buscar amigos e familiares de confiança, que querem o nosso bem e que poderão nos ouvir com atenção e carinho.

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– A ajuda profissional, é um apoio fundamental pois há muitos profissionais que estudam e são mais preparados para lidar com questões difíceis, como psicólogos e médicos. Busque boas indicações e sempre perceba qual a sua impressão diante do profissional que o atende. A relação de bem-estar e confiança com um profissional é fundamental para o sucesso no enfrentamento das situações difíceis.

– A ajuda espiritual, para aqueles que acreditam em algo maior, estar conectado com a sua espiritualidade, seja ela qual for, ajuda muito no processo. Já foram comprovados, através de estudos, que a fé é um importante aliado na superação das dificuldades da vida. (leia A fé que supera traumas)

O ideal é contar com o máximo de auxílio possível, nos diferentes campos disponíveis.

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Saber o momento de pedir ajuda, e não ter vergonha em fazê-lo, é fundamental para a nossa saúde psíquica, mostra que reconhecemos o nosso limite e que podemos fazer alguma coisa de bom por nós mesmos.

Aceitar ajuda é tornar a vida mais humana e leve.

(Autora: Viviane Lajter Segal – Psicóloga Clínica – Analista Junguiana)
(Fonte: acaminhodamudanca.wordpress.com)
* Texto publicado com a autorização da administração do site




A busca da homeostase através da psicanálise e suas respostas através do amor ao próximo.

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