Em um mundo rápido, onde as semanas têm passado sem que você perceba, onde as informações chegam e são descartadas em minutos, onde novas formas de tecnologia surgem a cada dia e tudo o que você tem de mais moderno de repente se torna obsoleto, tem surgido uma nova realidade na qual nossos sentimentos, sensações e emoções estão precisando se adaptar, estão necessitando compreender, para que possam se expressar da melhor maneira que elas precisam para que você possa ser saudável mentalmente.

Observamos que dentro deste mundo dinâmico, nós alcançamos tudo em muito pouco tempo, porém a impressão que existe é de que estamos deixando pedaços para trás, pedaços nossos, e que são muito importantes para nossa constituição e realização pessoal.

Temos olhado para tudo, menos para dentro, e assim enormes tempestades tem se formado ao nosso redor, tempestades que não deveriam existir, ou tempestades que não passam de brisas que poderiam ser espantadas facilmente.

Você tem se preocupado e se estressado com o quê? Com o computador que sempre está dando “bugs”? Com o celular que está travando? Com o Wi-Fi que não existe onde você está? Ou então está preocupado por que esperava por aquele encontro e de repente levou um “bolo”? Ou se enraivecendo, pois o seu chefe pediu para que você fizesse um trabalho a mais na sexta feira? Pode ser então que você esteja extremamente triste porque estragou um vestido, perdeu um boné, gastou todo o salário e nem se lembra com o quê, ou pode estar brigando e quebrando a casa porque não fizeram o que você exigiu.

Você pode estar sofrendo porque perdeu um bem material que lhe custou caro, porque alguém não lhe respondeu da forma adequada, porque você não recebeu a atenção que deveria, porque ficou um final de semana em casa sem dinheiro, porque a festa foi cancelada ou porque seu pai deu um chocolate somente para o seu irmão.

Isso tem tomado conta de nossas emoções, que são tão verdadeiras, mas que ultimamente estão confusas, pois não sabem mais como reagir diante de um mundo onde o essencial, o real, o sólido tem sido deixado de lado, para que possamos viver, e viver, e viver apenas o raso, rápido e descartável.

Você pode ficar triste por um copo quebrado, você pode ficar chateado quando alguém não te responde o Whatsapp, você pode chorar por ter sido tratado com indiferença. Isso é normal! Faz parte de nós, faz parte de cada um do mundo.

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No entanto preste atenção se você tem feito “dramas” demais por coisas desnecessárias, preste atenção se você tem perdido tempo demais sofrendo com o que não vale a pena. Perdendo tempo chorando, se estressando, acabando com o seu dia com coisas que não precisam ter tanta importância assim.

Os dias que perdemos nos desgastando com futilidades emocionais não voltam. E a vida corre. Corre mais rápida que a linha do tempo do seu Facebook.

Não preciso dizer, que basta olhar ao lado para que você veja pessoas que estão sofrendo verdadeiramente pois tiveram suas vidas devastadas por algum evento trágico. Pergunte a algumas delas, o que elas acham dos seus “dramas” e das suas preocupações que são tão “grandes”!

Precisamos saber ser felizes, porém precisamos saber também que a tristeza e a dor tem seu jeito certo de se sentir também. Não confunda suas emoções dizendo a elas que elas devem se desestruturar por muito pouco. Não perca tempo valorizando o que é sustentado pelo vento.

Seja resiliente, esforce-se na tarefa de aprender com aquilo que não deu certo na sua vida, e torne-se mais forte, e não um idiota que acha que tem privilégios, pois é muito “sofrido”…

Esteja feliz ou esteja triste, mas que isso seja sólido, que seja verdadeiro. Que você seja verdadeiro! Pare de perder tempo chorando por coisas ou pessoas que são tão sólidas quanto uma bexiga sobre a água. Cresça sorrindo ou chorando pelo que vale a pena, e pelo que te torna todos os dias uma pessoa que vale mais do que futilidades do dia a dia.

É mais gostoso e mais valoroso ser gente, ser humano, ser relacionável.
A vida é sua, viva pelo que se vale viver.




Psicólogo. Colunista do site Fãs da Psicanálise.

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