O olhar é o retrato da alma. Ele comunica sentimentos, sonhos, fala das coisas mais profundas que habitam no ser humano. No olhar de uma criança, coexistem a esperança e a bondade.

Para termos seres humanos melhores, estas duas virtudes devem continuar sendo alimentadas nas crianças. Elas não podem deixar de existir, mesmo na fase adulta, quando somos corrompidos por tantos estímulos negativos e temos que lutar contra o egoísmo, a falta de empatia e a agressividade.

Segundo a neurociência, o DNA da maldade existe apenas em 1% dos casos. Portanto, crianças, adolescentes e adultos que demonstraram comportamentos agressivos teriam esta reação por influência do ambiente em que vivem: um verdadeiro retrato de maus tratos e profundas carências afetivas.

Já que o ambiente é fator de suma importância no desenvolvimento de uma criança, cabe aos pais, avós e à família como um todo, trabalhar esta boa conexão com o mundo, com os bons sentimentos, provocando e desenvolvendo uma inteligência emocional que fará destas crianças, adultos que sabem “caminhar no emocional da vida” e lidar com os desafios diários das relações interpessoais, sem praticar extremos.

Claro que não é fácil. Mas é uma tarefa em que vale a pena investir tempo e esforços. Significa cooperar para termos uma sociedade melhor, o mundo melhor que a gente sempre sonha. E os filhos podem ser agentes deste mundo melhor, justamente por tudo o que receberam de bons estímulos.

Você se lembra quando seu bebê veio ao mundo? Com certeza, algo marcante foi o olhar do seu pequeno. Aquele olhar de ternura, afeto, de total amorosidade e aconchego pleno. Um olhar de pura paz. Outro presente desta fase, foi aquele sorriso voluntário, simples, mas ao mesmo tempo majestoso, e capaz de nos embasbacar ou mesmo render alguma lágrima de emoção, por tão profunda a capacidade de nos encantar. Que sensação maravilhosa, não?

Com o olhar nos comunicamos e precisamos ativar esta comunicação com afeto e, principalmente, amor. No seu filho, a bondade habita nestas janelas do coração. E, assim, cabe a você potencializar o valor desta nobreza, cultivando esta empatia e esta amorosidade, que o bebê traz ao mundo de maneira natural.

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Antes de tomar consciência das emoções alheias, uma criança deve entender a si mesma. Uma coisa que devemos levar em consideração é que ensinar uma criança a controlar suas emoções não significa dizer “não grite”, “não se irrite com isso”, “não chore”. Em vez do “não”, coloque um “por que”: “por que está irritado?”, “por que está chorando?”.

É em casa que nasce a consciência social que vai ajudar muito nossos filhos na escola e nos outros meios em que eles estarão. Incentivar que eles devem demonstrar, diariamente, bondade, respeito, consideração pelos outros e empatia é uma forma de fortalecer o laço entre as pessoas e também fortalecê-los como indivíduos.

Investir na bondade, no precioso olhar destes pequenos, é conservar os sentimentos mais nobres e entregar para o mundo seres humanos melhores e mais preparados para viverem mais e melhor!




A busca da homeostase através da psicanálise e suas respostas através do amor ao próximo.

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