Frequentemente ouço casais que dizem que se amam tanto que se uniram em uma só pessoa, ou seja: deixaram de ser duas pessoas com suas angústias, aflições, desejos e inseguranças, para se tornarem uma só pessoa.

Essas mesmas pessoas consideram que sofrer por amor é algo natural em um romance, quer dizer que uma pessoa é completamente apaixonada pela outra a ponto de se preocupar mais com a vida dela do que com a própria.

Entretanto, quando a necessidade de ficar constantemente ao lado do parceiro romântico vem acompanhada do hábito de cuidar demais e se preocupar de maneira exagerada com o outro pode indicar se tratar de um amor patológico.

Amor doentio

Acontece que a pessoa que está sofrendo por causa de um amor patológico muitas vezes nem reconhece que tem esse conflito, normalmente são as pessoas mais próximas que percebem, como os amigos, parentes e algumas vezes o próprio parceiro romântico, que se sente sufocado e preso pelo “excesso de cuidado, de zelo, de paixão”.

Nesse amor patológico, a pessoa doente coloca a felicidade do outro em primeiro lugar na sua vida, é capaz inclusive de fazer qualquer coisa para ver a outra pessoa feliz.

Esse comportamento pode ter sido motivado na infância, quando a criança relacionou o vínculo de amor, com dependência.

Essa interpretação de amor e dependência pode ter surgido na infância, quando a criança foi acometida por uma forte sensação de insegurança, que gerou danos protelados até a vida adulta.

Essa maneira doentia de amar nem sempre é fácil de ser diagnosticada, pois nem sempre está atrelada à gestos de ciúmes e violência, podendo ser um sofrimento silencioso.

A pessoa que sente esse amor patológico é capaz de tudo perdoar, em nome desse “amor”. Ela não percebe que está sendo enganada, faz dívidas, abandona a casa dos pais, perdoa traições, deixa de trabalhar, suporta ofensas e até mesmo agressões físicas.

A pessoa com esse tipo de amor patológico sente uma excessiva necessidade de controlar as atividades e os passos do parceiro, deixa de ter atividades e interesses pessoais para se dedicar exclusivamente ao relacionamento e até mesmo chega a ignorar problemas familiares e íntimos para sempre socorrer e se mostrar disponível ao seu parceiro (a).

Essa pessoa está viciada, é como se o seu parceiro fosse uma droga da qual não se consegue desvincular. Não pense que o sofrimento acaba com o fim da relação, a pessoa pode até desenvolver crises de abstinência, como alteração de apetite, insônia, ansiedade, depressão, taquicardia, dentre vários outros conflitos emocionais.




Desde que começou os estudos em Psicanálise e Psicoterapia, a jornalista, bacharel em Direito, mestre em Ciências Naturais pela Unicamp e doutoranda em Psicologia pela UCES Natthalia Paccola levanta uma premissa sobre a sua vida profissional: nunca aceitaria rótulos ou doutrinas acadêmicas. Mas é claro que sofre influências de vários pensadores. Sua grande fonte de inspiração como autoridade em levar Luz para o Bem através de mídias sociais, no entanto,  tem sido os seus próprios seguidores, cerca de 10 milhões que passam semanalmente pela sua Fanpage, Grupos, YouTube, Site, Instragram ou Twitter.

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