Tem coisas que não entendo, não explico, apenas sinto. Você já viveu isso?

Já percebeu que as melhores escolhas que você faz na vida são aquelas que você deixa um pouco os pensamentos, a razão de lado, e apenas observa onde seu corpo e sua alma melhor se encaixam?

Quando você não sabe o que fazer, mas aprende a silenciar a mente, a se dar um tempo e a ver onde naturalmente seu ser se sente mais à vontade.

Acho que o melhor lugar no mundo é onde a gente cabe inteiro.

O pensamento pode não entender, pode até querer contradizer, o ego vem dar opiniões incisivas, mas se a gente deixa a vida ir tomando forma sozinha, se transformando, se ajeitando, nos conduzindo, a gente entra no nosso fluxo natural, de onde nunca deveríamos ter saído.

Eu gosto de exercitar minha intuição em tudo, em todas as decisões, desde a roupa que vou vestir hoje, até numa escolha profissional ou de relacionamento pessoal.

Acredite ou não, existe uma força maior do que a razão que move a gente.

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E quando você aprende a deixar isso crescer, por mais louca que possa parecer a escolha, o passo, a vida vai fazer mais sentido e ficar mais coerente.

Como acessar essa força?

Apenas sinta na pele. Que roupa cai melhor de olhos fechados, sem pensar na opinião dos outros? Que pessoa, amigo, amante, encaixa do seu lado sem dor, sem luta? Que comida entra melhor no seu corpo? Que profissão, situação você flui naturalmente, sem interpretação, sem persuasão, sem máscaras?

No final do dia escolha ficar perto de alguém que te dissolve, nem que seja você mesmo a sua melhor companhia. Escolha o conforto de vestir a própria pele.

Leia mais: Atenção às escolhas: elas modelam nossas vidas

Escolha pelo cheiro, pelo tato, pelo sorriso fácil, pela vontade involuntária.

Escolha o contato que se ajusta, a conversa que relaxa, o caminho de vida que foi feito pra você e estava só esperando a sua ficha cair.

(Autora: Clara Baccarin)
(Fonte: clarabaccarin.com )
* Texto publicado com a autorização da autora




Clara Baccarin é paulista dos interiores, nascida nos anos 80. É escritora, poeta e agitadora cultural. Faz parte do grupo editorial Laranja Original. Publicou, pela editora Chiado, o romance poético Castelos Tropicais (2015) e a coletânea de poemas, pela editora Sempiterno (2016), Instruções para Lavar a Alma. Em 2017 lança, em parceria com músicos e compositores, o álbum Lavar a Alma, que reúne 13 de seus poemas musicados. É colunista do site Fãs da Psicanálise.

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