A capacidade especulativa e imaginativa da mulher é tema constante em peças de teatro, filmes e conversas cotidianas. Imaginar várias possibilidades e significados para uma situação considerada importante, mas que não está clara, faz parte do universo dos seres humanos, principalmente das mulheres. Os resultados disso impactam em várias áreas da vida, tanto profissional, quanto familiar e amorosa.

As mulheres geralmente gostam de falar mais sobre as emoções, buscam um maior entendimento sobre os sentimentos tanto positivos quanto negativos.

Para ficar mais claro, imaginem a situação de um encontro entre namorados onde o homem desmarca um almoço, pois está indisposto e não dá muitas explicações a respeito. Tal situação pode ser suficiente para disparar a imaginação da companheira e iniciar um desenrolar de possibilidades. “Será que ele está mesmo indisposto ou está chateado comigo? Será que eu fiz alguma coisa errada? Será que ele não gosta mais de mim?” Nesse caso o que disparou a imaginação foi a insegurança que a situação proporcionou por isso as possibilidades criadas foram negativas.

É claro que a capacidade imaginativa tem seus aspectos positivos. Especular estimula as associações e a criatividade, torna assuntos mais interessantes, além de poder ajudar também a prever situações desagradáveis e evitá-las.

Mas quando a especulação se torna excessiva, buscando dar conta de inseguranças internas, ela pode atrapalhar a saúde emocional do indivíduo e, consequentemente, dos seus relacionamentos.

Mas, por que isso acontece?

Do ponto de vista psicológico esse comportamento pode ser visto como uma tentativa de diminuir a ansiedade gerada por uma possível ameaça. É importante perceber que essa sensação de insegurança surgirá mediante uma possibilidade, que pode ser real ou imaginária.

Um estudo feito no Laboratório de Emoção e Conhecimento da Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles, mostrou que os homens costumam expressar menos seus sentimentos, pois o cérebro masculino leva mais tempo para processar as emoções.

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Muitas vezes o que os homens querem dizer com uma “indisposição”, como no exemplo acima, é somente uma indisposição, nada mais. Nesse caso não existe ameaça, portanto não há motivo para tentar buscar repostas e nem tampouco com o que se preocupar.

Existe também uma tendência a entender apenas aquilo que reforça uma crença pré-estabelecida, ou seja, que o namorado indisposto está chateado, desconsiderando tudo que mostre o contrário. Nesse caso, antes que os pensamentos especulativos e negativos comecem a tomar conta de tudo, a recomendação é contrastar o que se está imaginando com a realidade.

Uma forma eficiente de resolver o problema é buscar uma conversa franca para compreender melhor o que o outro está pensando e sentindo. Enfim, ouvi-lo realmente.

A autoestima também tem relação com a insegurança. Quando o indivíduo não sente que é merecedor de coisas boas, a tendência é acreditar e prever que só os aspectos negativos podem acontecer, o que não é verdade. Toda situação possui vários aspectos e possibilidades, tanto negativos quanto positivos.

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Surpresas da vida

Uma das características para viver bem é reconhecer que não é possível controlar tudo. O controle traz a equivocada sensação de segurança, como se ele pudesse evitar a angústia e o desapontamento. Porém, o que acontece frequentemente é o inverso.

A tentativa de controle leva a pessoa a um estado de alerta constante que desperdiça demasiada energia. Tenta-se prever excessivamente os fatos, atitude que além de causar stress, pode atrapalhar os relacionamentos pessoais e profissionais.

A vida reserva também surpresas boas para todos nós! Alegrias, descobertas, um carinho inesperado, uma declaração de amor, um reconhecimento profissional, um convite para um encontro amoroso.

É preciso deixar espaço para que a vida nos presenteie com boas surpresas. Tentar prever excessivamente as atitudes e sentimentos dos outros pode nos cegar e dessa forma acabamos não percebendo os agrados que o inesperado nos dá e que tornam a vida mais leve e feliz.

(Autora: Marcela Pimenta Pavan)

(Fonte: acaminhodamudanca)

*Texto reproduzido com autorização da administração do site.

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A busca da homeostase através da psicanálise e suas respostas através do amor ao próximo.

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