Vocês se conhecem num dia como outro qualquer. Mas, naquele dia, um brilho diferente aconteceu. Não, não foi o drink que estava muito bom e nem a sobremesa do jantar. Quando os olhos se cruzam daquele jeito, você simplesmente sabe. Cai a ficha de que aquele não era um encontro qualquer e que vocês dois, naquela mesa, não eram apenas dois. Eram um mundo todo numa mesa sem toalhas e talheres de prata. E não importa quantas vezes o garçom lhes interromper. Ele não sabe o tamanho do mundo de vocês.

O sorriso encaixa, os memes são relembrados, vocês dão risada. Cantam “Vai Malandra” juntos, concordam que a Anira dá um show. O beijo? Incrível, você sabe, o tempo até parou. O sexo? Melhor ainda, daqueles que você certamente desligaria o alarme do celular só para se atrasar no trabalho no dia seguinte. Mensagens são trocadas, quero te ver depois, tomara que a gente se encontre no final de semana, ficou um gosto de quero mais, seu cheiro ficou em mim. Vocês continuam no zap.

E aí, de repente, a pessoa some. Primeiro ela se desinteressa, depois ela deixa de te responder. E aí, fica o nome cinza na sua agenda ou no seu Facebook.

E você se pergunta porquê. Foi algo tão bom e, de repente, desaparece.
E você se pergunta se foi algo que você possa ter dito, não dito, feito ou não feito.
Será que foi meu cabelo? Será que vesti a roupa errada?
Acredite: você nunca saberá.

E o que vocês poderiam ter sido?
Nada.

E eu sei, você vai dizer que foi match certeiro, que a nuca arrepiou, que os olhos se fecharam e que talvez esteja ali o que você gostaria de viver. Mas e o outro lado, será que pensa da mesma forma? Te digo que, se os ponteiros do relógio não giram no ritmo ideal para os dois, as horas simplesmente se afastam. E vocês jamais seriam coisa alguma, pois, em matéria de relacionamento, as suposições jamais serão tuas amigos. Pelo contrário, te deixarão na mão.

O descompasso faz parte da nossa vida. Conhecer alguém de verdade, nos dias de hoje, tem se tornado uma tarefa mais difícil. Somos modernos, damos likes nos aplicativos, transamos com pessoas que mal saberemos se sentem medo de filmes de terror ou se gostam de sorvete de morango. E sumimos o tempo todo da vida daqueles que não nos interessam ou que não correm no nosso ritmo. E, também, geramos expectativas demais.

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Isso é errado? Não, isso é viver. Um dia, quem for pra ficar, fica.

O ponto é que não é sempre que encontraremos pessoas tão incríveis. E não será sempre que elas encontrarão você.

Se eu puder te dar um conselho, não tente entender o que se passa na cabeça do outro, afinal, a verdade é dele e não sua. Apenas respeite o que é importante para você: você mesmo. Em qual momento de vida você está? Ouça seus sentimentos, se acolha.

E se eu puder te dar um segundo conselho, caso resolva sumir da vida de alguém, dê satisfação. Uma das grandes merdas dos relacionamentos modernos é que as pessoas descartam umas as outras como lata de cerveja. Seja honesto e comunique! Há quem diga que o silêncio é uma bela resposta, mas silenciar também pode significar alguma falta de responsabilidade emocional.

Para terminar, te pergunto: vai ficar aí se remoendo até quando? Estar ocupado demais para te responder significa que você não consta nesta lista de prioridades.

Mas certamente um dia estará na lista da pessoa certa. E, quando a hora chegar, dê uma chance ao amor. Você nunca sabe quando ele poderá bater na sua porta ou te chamar pra comer uma porção de fritas.

E lembre-se: antes, durante e depois, seja sempre a sua prioridade.

(Autor: Denis Araujo)

(Fonte: deuruim)

*Texto publicado com a autorização da administração do site.




A busca da homeostase através da psicanálise e suas respostas através do amor ao próximo.

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