Acredito que grandes conflitos internos advém da dificuldade que temos em assumir o que somos, o que queremos e aquilo que não sentimos.

Por isso eu vou lhe alertar. Cada pessoa é única, sem divisões, entretanto busca incessantemente completar suas desarmonias em objetos que estão fora de si, naquilo que possa trazer sensações agradáveis.

Este objeto pode ser uma roupa nova, calçados, viagens, comidas, homens, dentre inúmeros outros que garantam momentos de homeostase.

Eleito um desses objetos como fonte de felicidade, faz-se um investimento, colocamos expectativas, apoiamos nossas vidas nos ombros alheios. E isso para que? Para garantir segurança, reconhecimento.

Acontece que toda vez que você coloca suas necessidades para fora de você mesmo, que você recorre para objetos externos, você permanece a mesma pessoa, igualzinha, o que muda é o objeto ao qual você se apoia, só muda a muleta.

Imagine a cena: você entra em uma loja para comprar um sapato preto. Só que bate os olhos no sapato vermelho e acha tão lindo que esquece do preto e compra o vermelho. Chega em casa e olha para o sapato vermelho mas fica pensando no preto.

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Isso com certeza não acontece com você não é? Você nunca namorou com uma pessoa e ficou pensando em outra, não é? Isso costuma acontecer muito com nossas amigas, nossas primas e a chata da cunhada.

Então eu vou lhe dizer uma coisa, com o perdão da palavra, mas essa você precisa ouvir: Toda vez em que você buscar satisfação fora de você mesmo, você vai estar apenas trocando a mosca, pois a merda continuará a mesma.

Quando essa mosquinha deixar de estar ali ao seu lado, o vazio continuará.

É claro que você pode comprar bolsas, sapatos, sobremesas, trocar de namorado. O que você não deve é colocar a sua felicidade nessas coisas.

Viver momentos de felicidade como estas é uma delícia, mas agudamente. Pessoas que vivem trocando cronicamente de objetos, apenas estão tentando preencher um vazio com experiências efêmeras.

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Não estranhe se até aqui as palavras parecem confusas. Apenas ouça: no dia em que você deixar de acreditar que perdeu algo aprenderá que só perdemos aquilo que achamos que temos e nós não temos nada além de nós mesmos.

Essa felicidade tão almejada tem de ser intrínseca pela estrutura do amor. Quebrar qualquer ilusão, como ter de casar, ter filhos, ter uma casa, ter bom emprego, é trabalhoso. Transferir a responsabilidade pela sua vida para outra pessoa é uma atitude egoísta. A grande conquista é a si mesmo.

Abdique da sua atitude ‘egoica’, abandonando as inseguranças e as cobranças por reconhecimento. O universo providencia todos os dias instrumentos para sua felicidade. Permita-se ser amado e ajudado.

Se você está sofrendo, dê um basta ou continuará sofrendo. Só existe uma verdade: o amor incondicional, sem esperar nada, sem expectativas. Se você ainda espera uma atitude do outro é porque é egoísta. Tome a atitude você mesmo. Deixe de mentir para você mesma, colocando a culpa no outro. Assuma o controle da sua vida.

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As vezes a pessoa está tão apoiada nessas mentiras que nem mesmo em terapia conseguirá se libertar, essa mentira lhe serve como muleta. Tirar essa muleta em consultório não é caridade, é arrancar a única coisa que lhe sustenta. Somente através das elaborações desses conflitos internos a paz começará a parecer.

Ninguém evolui sem aprender, sem enfrentar. A verdade que construímos não pode ser diferente da verdade absoluta e você só vive essa verdade absoluta quando deixa de sofrer e você só deixa de sofrer quando se liberta das provisões narcísicas e somente se liberta das provisões narcísicas quando se permite amar e ser amado.

Reflita e reaja.

Luz para o bem.

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Desde que começou os estudos em Psicanálise e Psicoterapia, a jornalista, bacharel em Direito, mestre em Ciências Naturais pela Unicamp e doutoranda em Psicologia pela UCES Natthalia Paccola levanta uma premissa sobre a sua vida profissional: nunca aceitaria rótulos ou doutrinas acadêmicas. Mas é claro que sofre influências de vários pensadores. Sua grande fonte de inspiração como autoridade em levar Luz para o Bem através de mídias sociais, no entanto,  tem sido os seus próprios seguidores, cerca de 10 milhões que passam semanalmente pela sua Fanpage, Grupos, YouTube, Site, Instragram ou Twitter.

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