“Não é a mais forte das espécies que sobrevivem, nem a mais inteligente, mas a mais sensível a mudar.” – Charles Darwin

Estamos constantemente negociando com a mudança. No decorrer de um dia, podemos mudar nossos planos, mudar nossas roupas e mudar nossa opinião sobre uma centena de coisas diferentes. Na maioria das vezes estamos flexíveis o suficiente para lidar com as voltas e reviravoltas que a vida da, e essas voltas geralmente nos trazem coisas interessantes.

Mas, e sobre as mudanças que ameaçam mudar o curso da nossa vida, as mudanças não previstas, podemos assumir o controle agilmente e tecer a vida no dia-a-dia? Talvez um relacionamento significativo tenha terminado ou você tenha sido redundante no trabalho.

Não ficamos simplesmente incomodados com esses tipos de mudanças. Ficamos zangados, tristes, ressentidos e com medo. Sentimos a perda do controle. De repente, somos espectadores dos eventos da nossa vida e não mais participantes ativos.

Então, como você coloca seus pés no chão quando sente que sua vida virou de cabeça para baixo? Como você negocia com as mudanças que não pediu? Bem, primeiro você desmorona e depois volta a se juntar novamente!

Fique emotivo – Trabalhando para aceitação

Não há maneira de contornar isso. Por um tempo, pelo menos será muita dor emocional. Entregue-se e deixe sentir a vida como ela é. Você não pediu e isso é uma droga. Fique bravo. Fique triste.

Pesquisas sugerem que, como cultura, estamos perdendo nossa tolerância à vulnerabilidade. Pensamos que ser vulnerável é ser fraco, quando realmente o oposto é verdadeiro. Embora revelar nossa vulnerabilidade faça agitar as ‘emoções obscuras’ de medo, ansiedade e vergonha esse também  é “o local de nascimento de alegria, de amor, de pertença, de criatividade, de Fé” (Brene Brown, o preço de invulnerabilidade, TEDx KC , 2010).

A emoção positiva nasce de nos deixarmos vulneráveis e expostos. Portanto, não entorpeça suas emoções ou desperdice sua energia, fingindo que tudo está bem. Sentir sua dor, vivendo como ela vem, não é uma fraqueza, mas um ato de coragem. Sua vulnerabilidade agora se tornará a fonte de um você mais forte e mais resistente.

Mexa-se – Agindo e seguindo em frente

Enquanto você tem todo o direito de se sentir triste, decepcionado ou irritado quando grandes mudanças são feitas na sua vida sem o seu consentimento, não diga “Eu não pedi isso” essa é uma desculpa para não seguir em frente. A verdade é que seja como for, isso não o isenta das consequências da mudança a longo prazo. Você ainda tem que lidar com isso, não importa o quão a contragosto.

Em algum momento você vai ter que se levantar, tirar o pó e voltar lá. Você não pode esperar que essa onda emocional diminua antes de seguir em frente. Houve momentos em minha própria vida quando percebi que, um pouco, pelo menos, a minha tristeza e sentimento de perda estariam sempre lá, em algum lugar, me espreitando.

Se eu esperasse que esses sentimentos sumissem, para que eu pudesse voltar a caminhar, nunca aceitaria que minha vida havia mudado. Eu sempre daria desculpas para a vida, desculpas que eu não tinha e acabaria amargurado e ressentido.

Tomar algum tipo de ação, não importa quão pequena seja, é a chave para sentir que você tem algum controle da sua vida. Não espere para ser inspirado ou motivado. Não espere para se sentir melhor ou ‘pronto’. Apenas faça alguma coisa, qualquer coisa. O simples ato de começar irá motivá-lo a continuar:

“Você pode se tornar sua própria fonte de inspiração. Você pode se tornar sua própria fonte de motivação. A ação está sempre ao alcance. Simplesmente fazendo alguma coisa e como sua única meta o sucesso, bom, então mesmo algo ruim te empurra para a frente”(Manson 2016, p 161).

Ao invés de apenas permitir que o dia se arraste até um outro dia, para se fazer planos específicos e esculpir um novo modo de vida, faça algo que você realmente gostaria de fazer, mas faça agora.

Planeje um feriado ou fim de semana fora, seja voluntário, faça um curso de meditação ou faça um novo esporte ou hobby. Seja o que for, faça com propósito e intenção. Tais coisas, ao mesmo tempo, podem parecer mera distração, mas a atividade, ao longo do caminho te ajuda a trabalhar e seguir em frente. Você descobrirá que pode aprender coisas novas ou fazer novos amigos, que pode se sentir bem em circunstâncias que nem imaginava.

Quando comecei a lutar para conseguir um novo emprego, comecei a andar todos os dias. A atividade física teve seus efeitos óbvios, mas o benefício psicológico foi o mais interessante. Andar me deu tempo e espaço para pensar sobre o que eu quisesse – ou não pensar em nada.

De qualquer maneira, havia a sensação de não estar mais preso. Era como se, ao mover meu corpo, literalmente, não parasse, eu também conseguia mover meus pensamentos. Com o tempo, não me senti tão preso às minhas circunstâncias e pude descobrir maneiras de melhorar minha situação.

Obtenha ajuda se precisar

Às vezes, porém, não importa o que fazemos para movimentar, não conseguimos não ter os sentimentos de desamparo que a mudança indesejada pode trazer. Não há vergonha nisso. A vida é difícil e algumas mudanças podem realmente nos derrubar. Pedir ajuda não é sinal de fraqueza. É preciso coragem para admitir quanto você está lutando, e é inteligente obter alguma ajuda, nesse momento é crucial buscar ajuda na psicoterapia. Lutar sozinho é nobre, mas fútil, se você não está fazendo nenhum progresso.

Winston Churchill disse: “Quando você está indo para o inferno, continue.” é verdade. Em 3 ou 6 meses você ficará surpreso com quão longe você chegou apenas colocando um pé na frente do outro e seguindo em frente. Quando você olhar para trás, verá que estabeleceu uma nova normalidade, e está mais resistente e confiante para quando a próxima mudança vier a chegar.

(Autora: Natasha Illsley)
(Fonte Original: psychcentral)
*Texto traduzido e adaptado por Carolina Marucci, da equipe Fãs da Psicanálise.

*Texto traduzido com exclusividade para o site Fãs da Psicanálise. É proibida a divulgação deste material em páginas comerciais, seja em forma de texto, vídeo ou imagem, mesmo com os devidos créditos.




A busca da homeostase através da psicanálise e suas respostas através do amor ao próximo.

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