As fases de um romance passam por variáveis diversas. Primeiro é o encantamento, essa fase você deve conhecer bem, é quando nos sentimos ansiosos para ver aquela pessoa em especial, escolhemos a melhor roupa, o perfume mais gostoso, caprichamos no cabelo. Se o romance prospera, temos a fase da intimidade, quando já ficamos de meias e pijama perto da pessoa, esquecemos da maquiagem, a cozinha já tem copos na pia. Mas e depois? Com o tempo a relação pode “esfriar” e passar dessa fase onde tudo é novidade, onde há desafios, para uma nova etapa, que é aquela em que convivemos com a monotonia. Mas o que fazer quando nos desapaixonamos??

Claro que isso também acontece. Se nos apaixonamos, também podemos nos desapaixonar. A grande questão é: qual o motivo disso acontecer? Será que tem como evitar? Toda relação finda na mesmice? Será???

Vamos analisar!!

O encantamento físico e mental
A gente sente aquele friozinho na barriga, temos o sorriso encabulado, e sentimos arrepio ao menor toque. Sabemos: estamos apaixonados. É fácil perceber quando estamos nos apaixonando. Mas e o contrário? Quando será que começamos a desapaixonar? Será que enjoamos do companheiro?

É meio claro que a atração é um dos primeiros estágios da paixão e que ela diminui com o tempo. O nervosismo que sentíamos quando esperávamos pelos encontros, por exemplo, ficou para trás, quando a pessoa dizia que ia nos mandar uma mensagem, convidar para ir ao cinema, também… Mas por que isso mudou? Será que quando começa a ser rotina, a paixão desaparece?

A mesmice
O que acontece quando você sente a mesma emoção todos os dias? Tédio! Isso mesmo! Então, no início da relação há muita novidade, você está conhecendo uma realidade nova e tudo pode te surpreender. Você também está se mostrando ao outro, toma certos cuidados pois deseja ser bem aceita. Mas com o tempo essa fase de conquista, de mistério, vai aos poucos deixando de existir.

Até para o contato físico, que antes era tão aguardado, começa a dar preguiça, já sabemos por onde começar a tocar o corpo do outro para surtir os efeitos que desejamos. Com a rotina, nos acomodamos e ao contrário de prestar atenção nas qualidades, passamos a notar os defeitos do outro.

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Críticas destrutivas
Parece que no começo tudo é perfeito, mas por que tudo era perfeito e agora não é mais? Como, de repente, as qualidades deram lugar aos defeitos? Você não enxergou claramente? Tenha mais paciência com você, no início da relação mostramos apenas o que queremos, desejamos ganhar o afeto do outro, então as nossas qualidades ficam em evidência.

Entretanto, com o passar do tempo a tolerância com os deslizes do parceiro começa a ficar menor, falamos sem pensar, nos importamos menos em machucar o outro. De repente notamos que estamos cheios de queixas, rancor, chateações e até discussões.

Falta de diálogo
Você está cansado de saber que a base de um relacionamento sólido é o diálogo. Não tem outro jeito, a comunicação é muito importante, se ela faltar a relação fica vazia.

É preciso conversar com o companheiro, mas sem discutir. Mostrar o seu ponto de vista e ouvir o que o outro sente, o que ele acredita, como ele vê o mundo. Dessa maneira você passa a conhecer o mundo do outro e pode escolher se quer fazer parte dessa realidade, ou não. Interagir com o seu parceiro, faz com que exista troca de desejos, emoções, para que haja mais confiança um pelo outro. Quando só há discussão, não flexibilizamos nossas escolhas pois não conhecemos como o outro é, muitas vezes vemos um desconhecido.

A troca do amor pelo carinho
É muito comum a paixão virar carinho, e do carinho nada mais. É no momento em que você deixa de sentir os desafios da paixão, que o sentimento esfria e vira carinho.

Você pode estar confundindo a falta de fortes emoções por falta de amor pelo parceiro. A paz e serenidade de um amor tranquilo pode ser mais benéfica do que a ansiedade do início da relação. Já pensou nisso?

Claro que emoções são bem vindas. Vocês podem investir em viagens, passeios, apimentar as relações íntimas… certamente essa é uma maneira de investir no carinho e trazer de volta momentos de inquietação.

Mas se o fato é mesmo que nos desapaixonarmos, deixamos de ter vontade estar com o outro, sentimos apenas carinho por aquela pessoa com a qual compartilhamos uma parte da nossa vida, houve bons e maus momento. Mas… acabou.

Assumir que acabou também é um desafio, uma nova fase na sua vida e cabe a você enfrentar essa nova realidade.

E agora vem a grande pergunta: pode-se evitar o “desapaixonamento”? Depende. Nem todos os casais conseguem preservara paixão ao longo do tempo, por isso muitos acham que a paixão tem data de validade. Ter o bom humor, o positivismo, fazer coisas juntos, se divertir… Isso costuma ajudar, mas depende como somos e de como nos sentimos. Leia novamente as dicas para manter a sua paixão e veja se está disposta a investir.

Você acredita que toda paixão se transforma em carinho? Você acredita que é possível evitar o “desapaixonamento”? Esperamos seus comentários!

Imagem: Roberto Nickson 




A busca da homeostase através da psicanálise e suas respostas através do amor ao próximo.

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